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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

sábado, 3 de dezembro de 2011

TESTES STANDARDIZADOS

No processo de avaliação, é possível que sejam utilizadas escalas de classificação desenvolvidas com crianças com a perturbação do espectro autista e que podem ser preenchidas por uma observação directa ou tendo em conta o relato dos pais. As escalas e testes que se seguem sãoCor do textoos mais usados no diagnóstico da PEA.

Entrevista de diagnóstico do autismo (ADI – Autism Diagnostic Intervew) (Le Couter et al. 1989):



É uma entrevista-padrão semi-estruturada desenvolvida como ferramenta de investigação para utilização com os pais das crianças. É dada uma cobertura exaustiva ás áreas da tríade, com particular atenção ás perguntas em aberto e à procura de informações que não influenciem as respostas obtidas. É necessária formação especializada no Rutter Institute. É fornecido um algoritmo para ajudar no diagnóstico dos que utilizam este procedimento.


Plano de observação do diagnóstico de autismo (ADOS – Autism Diagnostic Observation Schedule) (Lord et al.1989):


Este procedimento semi-estruturado, destinado à utilização na avaliação do individuo, implica a apresentação de uma série de actividades que requerem interacção social, a utilização da imaginação, capacidades de jogo e explicação dos sentimentos. Mais uma vez é utilizado um algoritmo de diagnóstico e é necessária formação profissional.


Escala de classificação do autismo na infância (CARS – Childhood Autismo Rating Scale)(Schopler et al. 1980):


Esta escala de classificação, inventada na Carolina do Norte (EUA) para a utilização na clínica de tratamento e educação de crianças autistas e com deficiências de comunicação, assenta num conjunto global de observações baseadas em vários sistemas de diagnóstico. Permite reunir provas de um conjunto de 15 itens que reflectem muitos factos do autismo e pode ser aplicado a partir dos 24 meses. A escala de classificação é cumulativa.


Perfil Psico-Educacional – Revisto (PEP-R Psycoeducational Profile – Revised) (Schopler et al.1990):


Esta avaliação pode ser aplicada entre os 6 meses e os 7 anos e envolve a apresentação à criança de uma série de actividades que abrangem um inventário de comportamento e capacidades relevantes para o autismo, destinando-se a identificar padrões de aprendizagem irregulares e idiossincráticos. As capacidades de desenvolvimento são avaliadas em sete áreas e os comportamentos atípicos são avaliados noutras quatro áreas. A maioria dos itens não depende de capacidade verbal. O perfil resultante é utilizado para ajudar a conceber programas educativos individuais para as crianças.


Checklist for Autism in toddlers (CHAT) (Baron-Cohen et al.1992):


A CHAT pode ser usada por clínicos gerais ou agentes de saúde em avaliações rotineiras da criança. Consiste em perguntas para os pais e numa série de situações criadas para permitir a observação da resposta da criança. Caso se verifique uma suspeita de autismo, deverá ser feita uma avaliação complementar.


Gilliam Autism Rating Scale (GARS) (Gilliam, 1995):


A GARS, que pode ser utilizada com crianças e jovens dos 4 aos 20 anos, inclui itens baseados nas definições do autismo utilizadas pelo DSM-IV-TR e outros manuais. Os três principais sub-testes avaliam comportamentos estereotipados, interacção social e comunicação. É usada por terapeutas da fala, psicólogos educacionais, coordenadores de necessidades educacionais especiais e professores de educação especial. Mais utilizado para a despistagem da Síndrome de Asperger.


Social Communication Questionnaire (SCQ, antigo Autism Screening Questionnaire, ASQ, Berument et al., 1999):


É um questionário que se baseia na ADI-R, segue um padrão de respostas sim/não não sendo tão exaustivo para responder. Pode apresentar-se de duas formas diferentes: uma relativa ao comportamento actual e outra em relação ao comportamento ao longo da vida.


Diagnostic Interview of Social and Communication Disorders (DISCO, Wing et al., 2002):


È uma entrevista que pode ser utilizada em alternativa à ADI-R. Engloba vários domínios do desenvolvimento, bem como comportamento com características autistas. Tem como objectivo compilar a história do desenvolvimento segundo uma maior variedade de comportamentos típicos e atípicos.


Screening Tool for Autism in 2-Year-Olds (STAT, Stone et al., 2000):


Programa interactivo para crianças com idades entre 24 meses e 35 meses. É semelhante a um dos módulos do ADOS, embora seja muito mais breve e menos exaustivo. Baseia-se numa sessão de jogo com o mínimo de duração de 20 minutos, onde se pode avaliar o jogo simbólico, comportamento social recíproco, atenção conjunta, imitação motora e comunicação.


Pervasive Developmental Disorders Screening Test (PDDST, Siegel, 1998):


Questionário para os pais de crianças até aos 36 meses e que se aplica em 3 estádios: médico cuidados primário, clínicos mais especializados e especialistas em PEA. As questões abordam os sintomas positivos, sintomas negativos, desenvolvimento geral e regressão.


Autism Behavior Checklist (ABC, Krug et al., 1980):


É uma escala que pode ser preenchida pelos pais ou professores, extensa (composta por 57 questões) e que se concentra nas seguintes 5 categorias: sentidos, relações, uso do corpo e objectos, linguagem social e auto-ajuda. Esta escala foi desenhada primariamente para criança em idade escolar podendo, no entanto ser aplicada à idade pré-escolar.


Testes Adaptativos (exemplos):

ABS – Adaptative and Behaviour Scale (Nihira, 1974);
ABS-SE (versão escolar);
Echelle québecoise de comportements adaptatifs (Maurice et al., 1993);
Vineland adaptative behaviour scale (VABS);

Referências bibliográficas:Farrell, M. (2008). Dificuldades de comunicação e autismo – Guia do Professor. 1ª edição, Artmed. Porto Alegre.
Cumine, V., Leach, J. e Stevenson, G. (2006). Compreender a Síndroma de Asperger – Guia prático para Professores. 1ª edição, Porto Editora. Porto.
Ozzonof, S., Rogers, S.J., Hendren, R.L. (2003) Perturbação do Espectro do Autismo - Perspectivas da Investigação Actual. 1ªedição, Climepsi editores. Lisboa.
Rodrigues, H. (2008) Apontamentos policopiados: Espectro Autista. Aula do dia 15 de Dezembro de 2008.

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