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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

TRANSTORNO DE MODULAÇÃO SENSORIAL


Sensory Modulation Disorder (SMD) -Transtorno de modulação sensorial - é um problema que está em tornar estímulos sensoriais em respostas comportamentais controladas que combinem com a natureza e intensidade do estímulo sensorial apresentado.

Esta dificuldade em detectar e tornar as informações sensoriais num comportamento/resposta apropriados podem trazer prejuízos para o desenvolvimento da criança por não conseguir se auto-regular.

Dentro do grupo Transtorno de modulação sensorial a criança pode ter:

Sensory-over-responsivity (de resposta sensorial exagerada) é o mesmo que sensory-defensiveness(sensorialmente defensiva) em que a criança responde as mensagens sensoriais mais intensa, mais rápida e mais prolongadamente do que uma criança com processamento sensorial típico.

Esta resposta "exagerada" pode ocorrer em somente um dos sentidos ou numa combinação deles.

A criança que é extremamente sensível na visão pode reagir de forma perturbada quando exposta a certos tipos de luz, cores ou um ambiente muito carregado visualmente.
Quando a sensitividade é na audição, provavelmente esta criança protegerá os ouvidos de barulho que para ela é excessivo e reagirá como se estivesse sofrendo uma agressão aos seus ouvidos, que é como, de fato ela percebe a sensação.

Quando essa sensitividade acontece no toque, a criança pode recusar colo, abraços, atividades diárias como banho, escovar os dentes, limpar o rosto podem ser verdadeiros obstáculos, corte de cabelo, unhas e outros hábitos de higiene também são um tormento, além de ser extremamente rígida na alimentação quando essa sensibilidade acontece na gustação ou tato na região da boca.
Quando a criança tem o olfato com esta desordem pode ter repulsa a certas comidas, lugares ou pessoas por causa do odor.

Muitas crianças com over-sensitivity também são rígidas a transições, isto acontece porque estas crianças precisam criar uma zona de conforto neste mundo que os sobrecarrega sensorialmente tentando evitar as mudanças (de atividades, lugares), pois estas mudanças sinalizam novos estímulos sensoriais.

Crianças que são over-sensitivas, geralmente alarmam os adultos em volta mais rapidamente pois o comportamento tipicamente é dramático e barulhento o que é impossível de ignorar.

Quando nós percebemos perigo, as partes do cérebro que são responsáveis por controlar as emoções é ativada. Informações no sistema proprioceptivo (juntas e músculos) e pressão (através da pele) viaja até essas mesmas áreas no cérebro e pode diminuir a atividade cerebral nessas mesmas regiões, diminuindo o impacto dos sinais de perigo percebidos pela criança e voltando as emoções a um estado de equilíbrio coerentes com o ambiente e ação.




Sensory-under-responsivity (de resposta sensorial baixa ou inexistente), estas crianças apresentam menos ou nenhuma resposta a uma informação sensorial. A reação pode ser mais lenta ou necessitar de mais estímulo para que ela aconteça.

Estas crianças são normalmente anti-sociais e preferem brincar solitariamente, preferem computadores ou leitura. Aparentemente, são imunes à dor, não reagem quando se machucam, nem mesmo quando sangram. Demoram a perceber sensações básicas como frio e calor.

Parecem indiferentes às pessoas e até parecem não notar quando alguém tenta buscar sua atenção.

O problema mais sério para uma criança under-responsive é o aspecto social. Aparenta não ter interesse por brincadeiras e é pouco comunicativa por parecer não ter nenhum interesse no ambiente e nas pessoas.

A aparente indiferença as reações das outras pessoas também é um sinal de under-responsivity.

Além de filtrar informação, o cérebro interpreta estas informações como negativas ou positivas e então estimula a ação conforme essa informação. A criança under-responsive não consegue fazer interpretação da emoção por trás das palavras de uma forma efetiva por isso, muitas vezes aparentam não se importar quando alguém fala bravo ou está frustrado com eles.


Sensory-Seeking (de consatnte busca por estímulos sensoriais), estas crianças têm uma necessidade, aparentemente, insaciável por experiências sensoriais o que leva a comportamentos socialmente inapropriados.

Quando privados das sensações que buscam desesperadamente, estas crianças reagem com agressão ou explosivamente. Muitas vezes esse desejo por sensação ou sensações pode colocá-los em risco e dar uma aparência que estas crianças não têm noção de perigo. Muitas vezes são conhecidos como "bagunceiros", "rebeldes" e "sem limites".


É comum que estas crianças não parem quietas. Isto acontece porque tocar, puxar, empurrar, cutucar, espremer e todas as outras formas de movimento geram sensações e isto alimenta os seus sistemas sensoriais.

Geralmente estas crianças têm dificuldade em permanecer sentadas ou não dormem bem. Eles têm dificuldade com atividades que promovam aconchego. São crianças que se movem, movem, movem ... e mexem em tudo!

Estas crianças precisam de uma dose extra de sensações para que a busca não atrapalhe tanto o seu desenvolvimento e convívio social.


Bibliofrafia:
Sensational Kids - Hope and Help for Children with sensory Processing Disorder (SPD) by Lucy Jane Miller, Ph.D., OTR




Diagnóstico não é tratamento!O tratamento leva tempo e persistência, baseados em muita observação.

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