O CÉREBRO DO AUTISTA Muito parecido a umcomputador, o cérebro conta com um emaranhado de fios para processar e transmitir as informações. Os cientistas descobriram que, em pessoas com autismo, esses fios estão com defeito, o que causa falha de comunicação entre as células do cérebro. No cérebro, as células nervosas transmitem mensagens importantes que controlam as funções do corpo, desde o comportamento social até os movimentos. Estudos de imagens revelaram que as crianças autistas têm muitas fibras nervosas, mas elas não funcionam de maneira suficiente para facilitar a comunicação entre as várias partes do cérebro. Os cientistas acham que todo esse circuito elétrico pode afetar o tamanho do cérebro. Embora as crianças autistas nasçam com cérebros normais ou menores que o normal, elas passam por um período de rápido crescimento entre os 6 e 14 meses, por isso que, por volta dos quatro anos, o cérebro tende a ser grande para sua idade. Os defeitos genéticos nos fatores de crescimento do cérebro podem levar a esse desenvolvimento anormal do cérebro. Os cientistas também descobriram irregularidades nas próprias estruturas do cérebro, como no corpo caloso, que facilita a comunicação entre os dois hemisférios do cérebro; na amígdala, que afeta o comportamento social e emocional; e no cerebelo, que está envolvido com as atividades motoras, o equilíbrio e a coordenação. Eles acreditam que essas anormalidades ocorrem durante o desenvolvimento pré-natal. O cérebro de uma criança com autismo apresenta alterações no corpo caloso, amígdala e cerebelo Além disso, os cientistas perceberam desequilíbrios nos neurotransmissores, substâncias químicas que ajudam as células nervosas a se comunicarem. Dois dos neurotransmissores que parecem ser afetados são a serotonina, que afeta emoção e comportamento, e o glutamato, que tem um papel na atividade dos neurônios. Juntas, essas alterações do cérebro podem ser responsáveis pelos comportamentos do autista. Os cientistas continuam procurando pistas sobre as origens do autismo. Ao estudarem os fatores ambientais e genéticos que podem causar a doença, eles esperam desenvolver testes para identificar o autismo mais cedo, além de novos métodos de tratamento. Vários estudos de pesquisa estão focados na ligação entre os genes e o autismo. O maior deles é o Projeto Genoma do Autismo (Autism Genome Project) da NAAR (National Alliance for Autism Research - Aliança Nacional para Pesquisa sobre Autismo). Esse esforço colaborativo, realizado em aproximadamente 50 instituições de pesquisa, em 19 países, está examinando os 30 mil genes que formam o genoma humano em busca dos genes que desencadeiam o autismo. Outros estudos sobre autismo incluem: • usar modelos de cérebro animal para estudar a forma como os neurotransmissores são defeituosos em crianças com autismo; • testar um programa de computador que poderia ajudar as crianças autistas a interpretarem as expressões faciais; • examinar imagens do cérebro para descobrir quais áreas estão ativas durante os comportamentos obsessivos e repetitivos do autista; • continuar pesquisando a ligação entre timerosal e autismo. (Stephanie Watson-Tradução Howstuffworks Brasil) Aspectos mais evidentes-Déficit interação social, imobilidade em relacionar-se com o outro, combinado com déficits de linguagem e alterações de comportamento.Dificuldade de Integração ,intenção.Não entendimento de regras. Algumas observações feitas por um advogado das minorias dos EUA-Jim Sinclair(portador de Sindrome de Asperger) em congresso Internacional sobre Autismo -Fortaleza-CE-2001 me foram muito úteis para melhorar minha prática em musicoterapeuta com meus queridos clientes autistas na fase inicial. Foram elas: -Se dirigir a eles utilizando etapa por etapa-1º verbal 2ºvisual.Não falar e demonstrar(Há um atraso na mensagem ou não reconhecimento .Não processam ao mesmo tempo) -Evitar excessos sonoros(principalmente volume alto) e visuais para não haver sobrecarga. -Utilizar o que funciona com eles para acrescentar o que não funciona. -utilizar fixação (não tentar eliminá-la)para ampliar suas ações e interações. -Como têm ótima memória utilizá-la como recurso positivo.Precisam das palavras, por isso explicar sempre os contextos e as regras. -Dizem o que querem (quando falam) .Desafiar para falar o que você quer. (Essas seriam as que julguei mais importantes) A música atua e estimula no cérebro exatamente onde o autista tem dificuldade podendo trabalhar de forma adequada e ampliar seus potenciais.(corpo caloso-comunicação entre hemisférios/Amigdala-expressão das emoções/cerebelo-acontece aprendizado da música, coordenação motora fina e o cerebelo sintoniza seu próprio rítmo ao da melodia) ETAPAS MUSICOTERÀPICAS Mesmas :Entrevista/testificação mais cuidadosa (mais tempo)/Tempo muito mais longo de tratamento. OBJETIVOS GERAIS: -Abertura de canais de comunicação e ampliação de interação com o mundo. -Diminuição ou supressão de estereotipias e ecolalias. -Contato visual e tátil. -Diminuição de hiperatividade. -Entendimento e aceitação de atividades antes rejeitadas. -Aceitação de mudanças de rotina. -Facilitar a entrada de outros profissionais (psicopedagogos, pedagogos , fonos e outros) -Torná-lo e aos que o rodeiam mais felizes. (Cada um é único e especial , por isso cabe ao musicoterapeuta perceber, valorizar ,respeitar e aprender com ele.Os objetivos variam conforme as necessidades individuais.) Instrumental mais usado: Instrumentos musicais variados, objetos sonoros adaptados, computador e programas de atividades musicais e músicas, dvds, cds e tudo que levar a uma melhor interação e a atingir os objetivos estabelecidos. A musicoterapia não pode curar porque o cérebro do autista é diferente , mas com certeza pode ajudar muito em uma melhor qualidade de vida e interação. Eu , como musicoterapeuta , sou imensamente feliz em trabalhar com esta clientela e vejo como a música traz prazer e minimiza a condição de ser autista entre os "neurotípicos".(Nós considerados normais-denominação utilizada por Jim Sinclair) Cada vez mais , acho que devemos estudar e nos preparar para ajudar esta relação ainda desconhecida , mas já com muitas informações úteis. Nydia do Rego Monteiro-MT-Teresina-PI
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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE
Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.
ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.
Por Mariluce Caetano Barbosa
COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?
domingo, 6 de janeiro de 2013
AUTISMO E MUSICOTERAPIA
O CÉREBRO DO AUTISTA Muito parecido a umcomputador, o cérebro conta com um emaranhado de fios para processar e transmitir as informações. Os cientistas descobriram que, em pessoas com autismo, esses fios estão com defeito, o que causa falha de comunicação entre as células do cérebro. No cérebro, as células nervosas transmitem mensagens importantes que controlam as funções do corpo, desde o comportamento social até os movimentos. Estudos de imagens revelaram que as crianças autistas têm muitas fibras nervosas, mas elas não funcionam de maneira suficiente para facilitar a comunicação entre as várias partes do cérebro. Os cientistas acham que todo esse circuito elétrico pode afetar o tamanho do cérebro. Embora as crianças autistas nasçam com cérebros normais ou menores que o normal, elas passam por um período de rápido crescimento entre os 6 e 14 meses, por isso que, por volta dos quatro anos, o cérebro tende a ser grande para sua idade. Os defeitos genéticos nos fatores de crescimento do cérebro podem levar a esse desenvolvimento anormal do cérebro. Os cientistas também descobriram irregularidades nas próprias estruturas do cérebro, como no corpo caloso, que facilita a comunicação entre os dois hemisférios do cérebro; na amígdala, que afeta o comportamento social e emocional; e no cerebelo, que está envolvido com as atividades motoras, o equilíbrio e a coordenação. Eles acreditam que essas anormalidades ocorrem durante o desenvolvimento pré-natal. O cérebro de uma criança com autismo apresenta alterações no corpo caloso, amígdala e cerebelo Além disso, os cientistas perceberam desequilíbrios nos neurotransmissores, substâncias químicas que ajudam as células nervosas a se comunicarem. Dois dos neurotransmissores que parecem ser afetados são a serotonina, que afeta emoção e comportamento, e o glutamato, que tem um papel na atividade dos neurônios. Juntas, essas alterações do cérebro podem ser responsáveis pelos comportamentos do autista. Os cientistas continuam procurando pistas sobre as origens do autismo. Ao estudarem os fatores ambientais e genéticos que podem causar a doença, eles esperam desenvolver testes para identificar o autismo mais cedo, além de novos métodos de tratamento. Vários estudos de pesquisa estão focados na ligação entre os genes e o autismo. O maior deles é o Projeto Genoma do Autismo (Autism Genome Project) da NAAR (National Alliance for Autism Research - Aliança Nacional para Pesquisa sobre Autismo). Esse esforço colaborativo, realizado em aproximadamente 50 instituições de pesquisa, em 19 países, está examinando os 30 mil genes que formam o genoma humano em busca dos genes que desencadeiam o autismo. Outros estudos sobre autismo incluem: • usar modelos de cérebro animal para estudar a forma como os neurotransmissores são defeituosos em crianças com autismo; • testar um programa de computador que poderia ajudar as crianças autistas a interpretarem as expressões faciais; • examinar imagens do cérebro para descobrir quais áreas estão ativas durante os comportamentos obsessivos e repetitivos do autista; • continuar pesquisando a ligação entre timerosal e autismo. (Stephanie Watson-Tradução Howstuffworks Brasil) Aspectos mais evidentes-Déficit interação social, imobilidade em relacionar-se com o outro, combinado com déficits de linguagem e alterações de comportamento.Dificuldade de Integração ,intenção.Não entendimento de regras. Algumas observações feitas por um advogado das minorias dos EUA-Jim Sinclair(portador de Sindrome de Asperger) em congresso Internacional sobre Autismo -Fortaleza-CE-2001 me foram muito úteis para melhorar minha prática em musicoterapeuta com meus queridos clientes autistas na fase inicial. Foram elas: -Se dirigir a eles utilizando etapa por etapa-1º verbal 2ºvisual.Não falar e demonstrar(Há um atraso na mensagem ou não reconhecimento .Não processam ao mesmo tempo) -Evitar excessos sonoros(principalmente volume alto) e visuais para não haver sobrecarga. -Utilizar o que funciona com eles para acrescentar o que não funciona. -utilizar fixação (não tentar eliminá-la)para ampliar suas ações e interações. -Como têm ótima memória utilizá-la como recurso positivo.Precisam das palavras, por isso explicar sempre os contextos e as regras. -Dizem o que querem (quando falam) .Desafiar para falar o que você quer. (Essas seriam as que julguei mais importantes) A música atua e estimula no cérebro exatamente onde o autista tem dificuldade podendo trabalhar de forma adequada e ampliar seus potenciais.(corpo caloso-comunicação entre hemisférios/Amigdala-expressão das emoções/cerebelo-acontece aprendizado da música, coordenação motora fina e o cerebelo sintoniza seu próprio rítmo ao da melodia) ETAPAS MUSICOTERÀPICAS Mesmas :Entrevista/testificação mais cuidadosa (mais tempo)/Tempo muito mais longo de tratamento. OBJETIVOS GERAIS: -Abertura de canais de comunicação e ampliação de interação com o mundo. -Diminuição ou supressão de estereotipias e ecolalias. -Contato visual e tátil. -Diminuição de hiperatividade. -Entendimento e aceitação de atividades antes rejeitadas. -Aceitação de mudanças de rotina. -Facilitar a entrada de outros profissionais (psicopedagogos, pedagogos , fonos e outros) -Torná-lo e aos que o rodeiam mais felizes. (Cada um é único e especial , por isso cabe ao musicoterapeuta perceber, valorizar ,respeitar e aprender com ele.Os objetivos variam conforme as necessidades individuais.) Instrumental mais usado: Instrumentos musicais variados, objetos sonoros adaptados, computador e programas de atividades musicais e músicas, dvds, cds e tudo que levar a uma melhor interação e a atingir os objetivos estabelecidos. A musicoterapia não pode curar porque o cérebro do autista é diferente , mas com certeza pode ajudar muito em uma melhor qualidade de vida e interação. Eu , como musicoterapeuta , sou imensamente feliz em trabalhar com esta clientela e vejo como a música traz prazer e minimiza a condição de ser autista entre os "neurotípicos".(Nós considerados normais-denominação utilizada por Jim Sinclair) Cada vez mais , acho que devemos estudar e nos preparar para ajudar esta relação ainda desconhecida , mas já com muitas informações úteis. Nydia do Rego Monteiro-MT-Teresina-PI
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