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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

COMO O SISTEMA SENSORIAL AFETA A ALIMENTAÇÃO

 


O estímulo vindo de todos os sentidos pode (e vai) causar um impacto na concentração do bebê quando ele estiver comendo.

Estímulos Visual e Olfativo

A aparência ou o cheiro da comida pode deixar seu filho muito empolgado para comer. Você pode vê-lo pulando no caldeirão, apontando ou sorrindo e balbuciando. Entretanto, a aparência ou o cheiro de uma determinada comida que ele não gosta pode causar reações claras de retraimento ou choro. Também preste atenção nos estimulantes visuais (como a televisão) durante a refeição, pois eles podem distrair seu filho (alguns pais, no entanto, acreditam que essa distração ajuda na hora da alimentação).
Tente não expor o bebê a odores ofensivos, como produtos de limpeza e cigarros durante as refeições. Eles podem desestimular a alimentação. Por outro lado, cheiros agradáveis podem deixar a refeição mais prazerosa.

Estímulo Vestibular

Um bebê mantido em uma posição esquisita ou desconfortável enquanto mama pode não conseguir sugar corretamente o bico. Da mesma forma, um bebê colocado em um cadeirão muito grande pode ter medo de cair, ou pode se distrair tendo constantemente que se ajeitar para permanecer ereto. Além disso, ele precisa se concentrar no que os membros estão fazendo no espaço, o que pode deixá-lo desorganizado e possivelmente ansioso. Embalá-lo levemente antes da hora da refeição pode ajudar a acalmar e organizar o bebê para que ele possa sugar e engolir com mais eficiência. Um abraço firme também ajuda. As crianças que são agitadas também podem achar que balançar suavemente pode ser calmante antes da refeição.

Estímulo Tátil

Quando pensamos no sistema tátil relacionado à alimentação, precisamos pensar no paladar, na temperatura e na textura dos alimentos. Alimentos que são doces, salgados, azedos ou amargos (como fruta, bolacha, limão e pickels) tendem a ser mais estimulantes (no sentido de surpreendentes) ao sistema tátil do que comidas suaves (como cereal e queijo cottage). Alimentos em temperaturas extremas são mais alarmantes ao sistema tátil do que os neutros. Alimentos crocantes são mais excitantes ao sistema do que os amassados.
As crianças têm um número maior de papilas gustativas do que os adultos. Por isso, elas não precisam de alimentos apimentados, adoçados ou salgados para gostar de comer. Entretanto, uma criança com hipotonia e menos controle oral-motor pode responder melhor a alimentos mais doces, salgados ou amargos – bem como aqueles que precisam ser mastigados – porque eles têm um efeito intensificador ao sabor. Por outro lado, as crianças podem ser muito sensíveis aos sabores e texturas da mesma maneira que podem ser muito sensíveis ao tato e ao olfato.

Sinais de Alerta da Defensividade Oral (Hipersensibilidade)


É importante observar se o bebê ou a criança tende a reagir excessivamente às sensações que geralmente não incomodariam as outras pessoas. Se ele parecer constantemente irritado na hora das refeições, mesmo depois de você ter se certificado de que ele está confortável, descansado e concentrado – e você sabe bem quais alimentos que ele gosta ou não -, então ele pode ter uma defensividade oral. Aseguir estão alguns sinais a serem observados.

● A passagem para o comer com a colher permanece difícil depois de um longo período de tempo.
● Seu filho nunca ou quase nunca coloca brinquedos, dedos ou objetos na boca.
● Ele continua não gostando do paladar, da textura ou do cheiro de certos alimentos depois de muito tempo.
● Recusa alimentos sólidos (que precisam ser mastigados).
● Parece ter sensibilidade tátil em outras ares (não gosta de certas roupas, não gosta da pele exposta, não gosta de banho, etc).

“Você ganha a boca depois que ganha força”. Essa é uma frase que gostamos de usar durante as terapias. Os pais costumam se preocupar quando o filho não fala tão bem, ou tanto quanto os colegas. Lembre-se, a criança precisa de um tônus muscular adequado e de controle postural para a fonação e precisa também de controle oral-motor para a formação das palavras. Portanto, se tiver controle motor suficiente no tronco (quadril), também terá controle oral-motor suficiente (lábios) para a fala.

Fonte:http://topediatrica.blogspot.com

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