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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A LINGUAGEM




A criança com Autismo ou outros Transtornos Invasivos do Desenvolvimento necessitam, geralmente, de muita ajuda para poder construir um sistema de comunicação e linguagem. Alguns autores sugerem que um déficit de atenção específico para os elementos sociais seria o responsável pelas alterações da linguagem e outras dificuldades de contato e socialização. As dificuldades de linguagem da criança no espectro autista ocorrem tanto na linguagem verbal quanto na não-verbal. A comunicação envolve aspectos sociais, cognitivos, perceptuais, motivacionais e emocionais. Mesmo que o vocabulário e a sintaxe tenham um alto nível de sofisticação e complexidade, sua comunicação provavelmente estará prejudicada, pois possuem dificuldades em aspectos como a compreensão da perspectiva da outra pessoa, a interpretação de pistas sociais e emocionais e o processamento das características do interlocutor. 
A linguagem, muito frequentemente, é associada ao prognóstico dos transtornos. De uma forma geral, é considerado que o desenvolvimento de algum tipo de linguagem até os cinco anos de vida está diretamente relacionado com os futuros progressos. Afirma-se que o desenvolvimento da linguagem é atípico, especialmente no que diz respeito aos aspectos envolvendo significado e as evidências de atraso no desenvolvimento dos sistemas fonológicos, morfológicos e sintáticos.
Um bebê neurotípico fixa os olhos na mãe com poucos meses de vida começando a desenvolver um processo de imitação. Antes de um ano de vida, já é capaz de apontar objetos, não por desejá-los, mas como meio de compartilhar uma experiência com sua mãe. Muitas crianças afetadas com os transtornos distanciam-se da normalidade desde o nascimento, parecem não utilizarem esse meio de aprendizagem no qual a maioria das crianças naturalmente o fazem.
A primeira relação de causa e conseqüência que ocorre na criança é apontar para o que deseja, se ela não o faz, é importante que isso lhe seja ensinado, colocando-se objetos que a criança deseja ao alcance da vista e fora do alcance das mãos, e ensinando-a, com o apoio físico, que apontando para o objeto, ela estará comunicando que é aquilo que ela quer naquele momento. As dificuldades que elas apresentam na comunicação, interação social e o uso da imaginação fazem com que as relações de causas e conseqüências não se estabeleçam, ou ocorram de uma forma demorada ou ineficiente.
A comunicação, mesmo que de forma muito simples, é necessária. A linguagem verbal é importante, e deve ser desenvolvido, e paralelo a ela um sistema de comunicação baseado não na linguagem verbal, mas sim em objetos concretos ou figuras. Algumas crianças não falarão nunca, apesar disso, devemos empenhar todos nossos esforços para que adquiram uma, ou alguma linguagem verbal expressiva.
As habilidades simbólicas e de representação são consideradas pré-requisito para a emergência do uso funcional da linguagem e se atribui essa falha no desenvolvimento cognitivo as características de atraso e desvio de comunicação da criança no espectro autista.
O psiquiatra Michael Rutter e seus colaboradores afirmam que o déficit básico do Autismo não seria propriamente a linguagem, mas sim perceptual, observa que a influência genética deve referir-se a indicação de que crianças no espectro autista têm um déficit cognitivo especifico que envolve a linguagem e outros processos centrais de codificação, que as anormalidades cognitivas estão relacionadas com a linguagem, mas se estendem além dela e afirmam que já existem dados suficientes para que se estabeleça uma forte associação entre os déficits cognitivos e de linguagem e as evidências de disfunção cerebral.

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