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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

OS PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO E O ENSINO




Estudos de Eric Schopler e sua equipe


Tradução e adaptação de Vera Juhlin
Brasil, julho de 2007.



Os tipos de problema de comportamento mais comuns entre as crianças com autismo e necessidades especiais são:

«  Autodestruição, como: morder sua mão, bater com a cabeça na parede, etc. Agressividade como: bater na pessoa, cuspir, dar pontapés, etc.
«  Repetições de atos ou palavras de modo compulsivo, colocar objetos na boca, repetição das mesmas perguntas, etc.
«  Impulsividade exagerada, falta de iniciativa, contato físico não convencional, exigência de atenção em demasia, incapacidade de aceitar mudanças.

Este trabalho tem como objetivo apresentar sugestões de atividades a serem usadas em casos dos problemas de comportamento acima mencionados.

Quando o desvio de comportamento impede que a criança aprenda, precisamos ajudar a criança a modificar esse comportamento, antes de iniciarmos as atividades de ensino. É muito importante fazer a diferença entre o que é problema de comportamento e problema de aprendizagem.

Os exemplos citados trazem uma descrição das características do aluno e de como foi tratado e quais objetivos foram estabelecidos para o aluno individualmente.

Devemos nos lembrar que as crianças são indivíduos únicos e que muitas atividades programadas para uma não funcionam com outras, mas devemos estar em constante busca da melhor maneira de termos um contato com essas crianças e ajudá-las a se comunicar.


1. Auto destrutividade I Problema: morde a mão

« A situação: Um menino de 8 anos que apresenta comportamentos de 4 a 5 anos, com comunicação expressiva de 2 anos. Sua mão tem uma cicatriz por tanto mordê-la, cada vez que lhe pedem alguma coisa ou mudam a atividade. Seus pais tentaram gritar com ele ou castigá-lo, mas sem resultado.

« Análise: Morder sua mão é uma forma de expressar que ele está estressado. Ele consegue obter o que quer e evita fazer o que lhe pedem. Ele precisa de ajuda para expressar seu estresse e atividades mais curtas para poderem ser executadas.

« Objetivo: Ensinar uma alternativa de comunicação para quando ele está estressado.

« Intervenção: Analise em que momento ele fica estressado e intervenha exatamente antes disso acontecer, antes de começar a morder:

a) Estenda sua mão rápido antes de ele colocar a mão na boca;
b) Puxe sua mão para baixo na mesa e diga "Abaixa a mão".

Ensine-o a fazer, como você: abane a cabeça e diga "Não. Eu quero uma bala (ou outro reforço qualquer). Quando a criança disser isso, assuma um compromisso com a criança, dizendo:"OK, vou te ajudar a fazer o exercício e depois você vai ganhar a bala".

2. Autodestrutividade II Problema: Bate a cabeça

«  Situação: Uma menina de 4 anos, com boa coordenação, com um nível de funcionamento de 2 anos e meio, comunica-se com menos de 5 palavras.  Ela é consciente da presença de outros e de como os outros reagem diante do seu comportamento. Tem uma variação de humor imprevisível. Durante um ano, bateu com a cabeça na parede, quando estava irritada, por causa da sua mudança de humor ou quando interrompia as brincadeiras que ela mesma havia escolhido. Tentar ser boazinha com ela ou chamar sua atenção não deram resultado.

«  Análise: Ao bater a cabeça, ela recebe imediatamente a atenção dos outros. Ela entendeu que, ao bater a cabeça, interrompem ou mudam a exigência que lhe faziam.

«  Objetivo: Diminuir o bater da cabeça, mudando a maneira de responder a esse comportamento, não dando atenção a isso e não mudando a exigência.

«  Intervenção: Ao trabalhar com ela, sente-se longe da parede, para ela não bater a cabeça. Se ela bater na mesa, puxe o material para você e vire as costas para ela. Conte até 10 e vire-se para ela, de novo, e lhe dê o material. Ajude-a no início, elogie se ela fizer alguma coisa. Repita este procedimento cada vez que ela bater a cabeça, mas execute a tarefa que ela tem a fazer, até o fim. Escolha um exercício curto. Ela deve entender que deve fazer o exercício até o fim.

«  Folha de registro (Exemplo)

Data
Atividade
[Marque cada vez que você vira as costas]
















3. Agressividade Problema: bater no rosto dos adultos

«  Situação: Um menino de 4 anos, com funcionamento no nível de 18 meses, que não tem nenhuma maneira de se comunicar, nem com gestos nem com palavras. Quando se faz uma exigência ou se chama atenção dele em uma lição, ele bate no rosto do adulto.

«  Analise: Ele demonstra sua insatisfação batendo nas pessoas. Ele precisa de uma forma de comunicar seus sentimentos e parar de bater.

«  Objetivo: Ensinar-lhe um sinal ou gesto que ele possa usar para expressar que está cansado e que quer parar ou que está confundido ou não quer ser interrompido.

«  Intervenção: Cada vez que ele tentar bater em você, durante uma aula, segure a mão dele com calma e diga "Não bata" e ensine em lugar disso o sinal "Acabou" segurando as duas mãos dele e fazendo os movimentos como um T: a mão esquerda fica parada, diante do peito e a mão direita faz a parte de cima do T, movendo-se de cima para baixo.

Diga "Muito bem" quando faz com ele o sinal, tire a tarefa que ele ia fazer, deixe-o brincar com algo de que goste. Volte a fazer com ele, mais tarde, uma tarefa mais fácil e mais curta.

«  Ensine a fazer o sinal "acabou" (T) antes de ele começar a bater. Faça sempre uma pausa depois que ele fizer o sinal, assim, ele vê que você o compreendeu, ou seja, o sinal funcionou e a atividade acabou.


4. Jogar objetos

«  Situação: Um menino de 4 anos, sem fala, com retardo mental. Ele joga objetos (em casa, também). Isto acontece quando ele não gosta da atividade ou quando não obtém o que ele quer. Tentou-se resolver o problema, falando, ignorando o comportamento, fazendo-o recolher o objeto ou mudando o tipo de ensino. Na aula de ginástica, a professora observou que ele não gosta que o segurem.

«  Análise: Ele controla seu meio ambiente atirando objetos. Com isso, não podemos ensinar-lhe uma nova atividade e ele interrompe uma atividade quando ele quer. É muito desagradável, para ele, se o seguram, com firmeza (o contato corporal).

«  Objetivo: Fazê-lo parar de jogar objetos.

«  Intervenção: (fazer isto até ele parar de jogar objetos)

a) Tire do alcance dele todos os objetos do ambiente;
b) Dê-lhe atenção, antes de ele começar a jogar objetos;
c) NÃO lhe dê atenção, se ele jogar objetos. Dê a ele um exercício fácil. Quando ele jogar um objeto (cubo, lápis, algo com que esteja trabalhando), segure e abaixe as mãos dele, com firmeza, e conte até 30. Solte as mãos dele e dê outro objeto;
d) Quando ele não jogar, elogie-o ("Muito bem, você sabe") ou dê uma coisa que ele goste de comer. Anote na folha de controle.
Faça da mesma maneira, cada vez que ele jogar um objeto. NÃO APANHE OS OBJETOS QUE ELE ATIRA. Tenha alguns objetos extras, do tipo que está usando.
«  Folha de Registro (Exemplo)

Data
Atividade
Quantas vezes jogou

Quando não jogou
Reforço






















5. Gritar, chorar ou dizer palavras de protesto quando se fizer alguma EXIGÊNCIA.

«  Situação: uma menina de 6 anos no limite do normal, que responde a todas as situações dizendo "Não! Pára, eu não quero", ou chora. Esse comportamento continua até que seus pais parem com a exigência. Ela se recusa sair de casa para fazer compras com a mãe e depois chora para ir; em seguida, recusa-se a entrar no carro. Seus pais tentaram todo tipo de reforço, elogio, guloseimas, comida ou coisas que ela gosta de fazer. Nada disso ajudou.

«  Análise: Seu comportamento não era relacionado a nenhuma atividade considerada difícil e, sim, resultado da exigência de mudar de atividade ou nova rotina. Ela não sabe, ao certo, o que ela quer, mas quer ter o controle sobre situação. Prometer reforço ou prêmio não significa nada para ela.

«  Objetivo: Diminuir o hábito de gritar ou chorar.

«  Intervenção: Durante o tempo que for necessário, faça o seguinte:
a) Ignore os gritos e o choro;
b) Ajude-a, fisicamente, com freqüência;
c) Tenha sempre á vista alguma coisa que sirva de reforço, de modo que ela o veja, e lhe dê, imediatamente, quando terminar a tarefa.
d) Escolha alguma atividade simples, não verbal que ela possa executar sem dificuldade e trabalhe com ela, pelo menos, duas vezes por dia. Deixe alguma coisa de que ela goste, bem visível, e diga-lhe que ela vai recebê-la, assim que terminar a tarefa. Sorria, enquanto ela trabalha. Não se importe com o que ela diz, ajude-a, sempre, segurando a mão dela, até que ela termine. Depois, sorria, bata palma e dê o alimento. Anote na folha de registro.

«  Sugestão da Vera Juhlin: Mostre para ela o painel de atividades do dia dela, na escola. Ela saberá o que vai acontecer, depois de cada tarefa, e ficará mais tranqüila. Use sempre o painel, para mostrar para ela o que vai fazer durante o tempo que ficará na escola e quando voltará para casa, no final do dia.

«  Folha de Registro:
 
Data
Atividade
Número de ajudas
Como gritou (muito, pouco, nada)






















6. Sair/FUGIR da mesa na hora das refeições

«  Situação: Um nenino de 4 anos e meio, que tem boa coordenação motora e é extremamente ativo. Ele entende a fala em frases curtas, mas é tremendamente distraído e ativo para ouvir uma explicação verbal. As refeições em família são sempre perturbadas pelo comportamento do menino. Ele pegou comida do prato dos outros e fugiu da mesa, mas voltou para pegar mais comida. Seus pais o reprovaram, forçaram a se sentar com a ajuda de uma cadeira com cinto, gritaram, mas nada adiantou.

«   Análise: Ele experimentava sempre estress nas situações de refeições, porque esperavam que ele se portasse mal ou pelas suas saídas constantes. Ele parecia contente com a atenção que despertava. Para interromper esse círculo vicioso, era preciso dar atenção a ele, apenas quando ele fizesse algo correto, no tempo em que estivesse à mesa.

«  Objetivo: Fazer com que ele se sente em sua cadeira e coma.

«  Intervenção: Sente o menino num lugar onde não há outro prato. Quando ele sair, ignore-o. Não o chame, nem olhe para ele. Quando ele voltar e se sentar, olhe para ele e diga "Muito bem! Nós sentamos e comemos". Se ele tentar pegar a comida com a mão, sem se sentar, não discuta com ele. Mude o prato dele para o centro da mesa e não lhe dê comida, enquanto ele não se sentar em sua cadeira. Deixe-o sem comida, mesmo que passe 20 minutos. Quando a família acabar de comer, tire toda a comida da mesa. Não dê comida a ele até a próxima refeição, só fruta ou suco nos intervalos. Então repita o procedimento, tantas vezes, quanto for necessário, até ele aprender a se sentar e comer. Anote na folha de anotações.

«  Folha de Registro:
 

Data

Refeição
Nde vezes que
deixou a mesa
Como gritou (muito,
pouco, nada)
O que comeu ou bebeu no intervalo


















7. Coloca objetos não comestíveis na boca

±  Situação: Uma menina com 8 anos, com retardo mental leve, que tem boa memória para regras e rotinas e com capacidade para aprender a ler e a escrever acima do seu nível de idade, mas com um atraso na capacidade de entender a linguagem falada. Quando ela vê televisão (sua atividade favorita) tem a mania de mastigar pedaços de papel, plástico e fios do sofá. Se sair para o jardim, coloca pau, flores, folhas na boca. Na hora do almoço, ela perturba a família tentando mastigar o copo. Ela fica muito irritada se alguém a interrompe. Não adiantou gritar com ela, mandar para o quarto ou elogiar quando ela não colocava algo na boca. Ela entendia que não devia colocar coisas na boca, mas se esquecia.

±  Análise: Ela conseguia parar de colocar coisas na boca, se alguém a lembrasse, mas esquecia, se não a lembravam, a toda hora. Ela precisava de algo que a fizesse lembrar.

±  Objetivo: Ensiná-la a não enfiar coisas na boca, sem que se precise ser lembrada, a toda hora.

±  Intervenção: Ensinar a menina a ler um cartão com uma regra para bloquear seu impulso de mastigar coisas. Se ela aprender a "ler" a regra, ao invés de esperar a mãe dizer-lhe "não ponha na boca", então ela poderá controlar o seu impulso.
1. Recorte uma boca em papel vermelho claro. Faça um grande X com papel vermelho escuro. Quando você quiser dizer não, coloque o X na frente da figura do objeto ou ação que quer impedir que a criança faça;
2. Coloque, perto dela, algo que ela costuma colocar na boca (peça de plástico, por ex.).              Faça um cartão com o desenho desse objeto e coloque o X vermelho na frente do objeto e mostre para ela. Não diga nada, apenas a impeça, fisicamente, de colocar esse objeto na boca. Repita essa ação, com outros objetos que ela coloca na boca (peque os objetos, faça os respectivos desenhos, coloque o X, etc). Assim, basta colocar o X vermelho na frente dos objetos que ela coloca na boca, para lembrá-la que não deve fazer isso. Note bem: basta o cartão, não fale nada.
                  

8. Pergunta sempre "Que horas são?"

±  Situação: Um menino de 10 anos, que tem um funcionamento no nível de um retardo mental leve. Ele se lembra do aniversário das pessoas, o número dos telefones, número do carro etc. Ele perguntava sobre as horas, todo o tempo, ainda que ele soubesse exatamente que horas eram. A tentativa de diminuir esse comportamento incluiu responder quando ele perguntava, ignorar, deixar o local ou dizer para ele ficar quieto.

±  Análise: Ele sabia a resposta da pergunta dele, Ele não tinha autocontrole. O controle pode ser ensinado, através da regra "Feche a boca" com um reforço positivoe uma figura para lembrá-lo, visualmente.

±  Objetivo: Diminuir o número de perguntas durante uma atividade.

±  Intervenção: Comece, ajudando-o a conservar a boca fechada, durante um determinado tempo. Dê a ele uma tarefa não verbal que não seja difícil. Coloque uma conta, tampinha de garrafa ou outra coisa em frente de um pote, copo ou vidrinho vazio. Cada vez que ele fizer uma parte do exercício correto, sem falar, dê a ele uma conta para colocar no pote.  Cada vez que ele fizer a pergunta, do tipo "Que horas são?", diga "Feche a boca", abane a cabeça em sinal de insatisfação e retire uma conta do pote, para ele entender que é errado perguntar sem parar. Mostre com seu gesto que ele deve continuar a trabalhar. Assim que ele começar a trabalhar, diga, "Muito bem" e dê-lhe, de novo, uma conta para que coloque no pote. Se ele olhar para o relógio e der sinal de que vai fazer a pergunta, abane a cabeça, em sinal de reprovação). Acabando o exercício, então, pergunte a ele "Que horas são?" e espere a resposta. A idéia é mostrar para ele que tem o momento certo para perguntar as horas, apenas de vez em quando.


9. Chamar a atenção com impulsividade

± Situação: Um menino de 4 anos, que funciona num nível correspondente a dois anos de idade mental, sem fala, impulsivo, não para na mesa ao comer, no banheiro quando vai tomar banho, nem quando vai se vestir. Ele entende alguns comandos e gestos, quando ele consegue se concentrar, o que faz raramente. Seus pais dizem que ele não percebe quando faz algo errado e, quando corrigido, fica ainda mais agitado. Eles não queriam usar remédios para acalmá-lo.

± Análise: E importante aumentar o tempo que ele se concentra ao brincar ou trabalhar com alguma atividade antes que ele comece a correr de um lado para outro. Lições curtas ou jogos que ele pode participar de forma estruturada e que ele possa saber o que vai acontecer, previsíveis que possam aumentar sua concentração e diminuir a impulsividade.Sempre acompanhadas de figuras que mostrem a seqüência do ele vai fazer, uma a uma.

± Intervenção: Organize um local de trabalho para ele saber onde vai se sentar. Comece com algo muito simples, que ele já saiba fazer, por ex., um quebra-cabeça de 4 peças. Chame-o, mostre 1 peça e lhe diga para colocá-la; ajude-o, pegando em sua mão, e depois o elogie e lhe dê algum petisco, de que ele goste. Em seguida, saia e vá brincar com ele, com algo. Um pouco depois, chame-o, uma segunda vez, e pegue 2 peças para ele colocar; elogie-o e  deixe-o sair, vá brincar com ele. Faça isso, até ele conseguir colocar as 4 peças e terminar a tarefa. Em outra ocasião, durante o dia, use outro quebra-cabeça com 5 peças. Desta vez, ele deve colocar duas peças, antes de ser elogiado e receber a guloseima e saírem para brincar. Vá aumentando o tempo de trabalho dele, bem devagar, sem que ele note ou fique irritado. Quando ele se acostumar com a rotina de trabalhar e brincar (Schopler diz que leva umas 60 sessões) coloque todas as peças do quebra-cabeça para ele colocar de uma só vez. Elogie-o, dê-lhe um agrado, algo para comer, e o deixe brincar com o brinquedo favorito.


10. Falta de iniciativa para trocar de atividade do painel durante o tempo de atividades escolares.

±  Situação: Um menino de 14 anos, do nível de classe especial. Ele aprendeu a trabalhar, independente, mas não conseguia deixar de lado um exercício pronto e começar um novo exercício. Ele entendia o painel, mas ficava sentado sem entrar em contato com a professora, sem fazer nada.

±  Análise: Ele ficou dependente do comando da professora, que reforçou sua falta de iniciativa, cada vez que ela o lembrava o que fazer. A professora pode desenvolver um sistema de sinais, que faça com que ele fique motivado a continuar com sua rotina, sem precisar de lembrá-lo, cada vez.

±  Objetivo: Que ele possa colocar seu trabalho na caixa de PRONTO e pegar uma nova atividade, sem que seja lembrado pela professora.

±  Intervenção: Fazer um sistema de reforço. Ele recebe uma conta ou um figura, cada vez que ele concluir um trabalho e começar outro. Ele irá juntando as peças (contas ou figuras), que receberá de você, cada vez que findar um trabalho e começar outro, de modo que lhe seja visível, que precisará acabar todas as atividades para poder receber um reforço final, algo que lhe agrade. Podemos envolver toda a classe, nisso, estimulando todos a fazerem a tarefa, até o fim, para receber o reforço. Deixe-o brincar uns 10 minutos, após ter trabalhado bem. Ele deve ter esse tempo para lazer e descansar.


11. Falta de interesse e pouca satisfação no contato físico

±  Situação: Um menino de 20 meses com características autísticas. Uma delas é que ele não tem contato com as pessoas, não abraça, não procura consolo, não procura o contato físico e, quando um adulto lhe demonstra carinho, ele não mostra nenhuma reação e sai da presença da pessoa, imediatamente.

±  Análise: O menino não considera o contato físico como uma coisa agradável. Por isso, ele precisa sentir o contato físico relacionado com algo ou algum acontecimento que ele considera agradável.

±  Objetivo: Ensinar o menino a se dirigir a uma pessoa e fazer um contato físico com ela, para receber um reforço ou algo que ela gosta.

±  Intervenção: 1) Quando uma pessoa estiver junto do menino, durante um tempo em que brinca com ele, sentados no chão, ela deve segurar algo de que ele gosta (uma bolacha, por ex.), de modo que ele veja. Quando ele se aproximar, ela coloca a bolacha sobre o peito, e até estica o tronco, um pouco, para trás, dificultando-lhe o acesso, de modo que ele seja obrigado a subir até o peito, ou encostar-se nela, para pegar a bolacha. Quando ele pegar a bolacha, a pessoa dá um abraço nele; 2) Sentada no sofá, mostre uma bolacha a ele e depois a coloque no bolso, de modo que ele precise subir em você, ou se encostar em você, e procurar no seu bolso. 3) Coloque uma coisa, de que ele goste, em seu cabelo, ou em redor do seu pescoço, de modo que ele tenha que se achegar, cada vez mais, sobre você, para pegá-la. Ele se aproximando, dê um tapinha carinhoso ou um abraço e o deixe subir em você o mais possível. O objetivo é que ele relacione, o mais possível, o contato físico com algo agradável.


12. Muda o material, impulsivamente, antes de ouvir alguma instrução ou antes de pensar no que vai fazer

±  Situação: Um menino de 6 anos, que tem uma prontidão que se aproxima da normalidade, mas tem um pequeno atraso na fala expressiva e receptiva. É uma criança que colabora, mas que quer sempre ser bem sucedido, por isso, tem sempre pressa para trabalhar, antes de pensar e ouvir as instruções. Mesmo que se peça para ele colocar as mãos embaixo da mesa, para ouvir as instruções, antes de começar, ele não consegue prestar atenção ao que se diz, ou não dá um tempo a ele mesmo para planejar uma solução antes de começar.

±  Objetivo: Que ele ouça, espere ou planeje antes de começar a trabalhar com o material.

±  Intervenção: Pegar 4 copos de papel e colar uma figura em cada um na parte de baixo. A figura deverá representar uma estrutura da língua que se deseja ensinar (ex.um menino corre; um menino pega a bola; um cachorro corre; um cachorro late).
Coloque os copos virados sobre a mesa, com uma moeda embaixo, sem o menino ver. Diga a ele que a moeda está debaixo do copo com a figura "O cachorro corre". Se ele pegar o copo certo, pegará a moeda; caso contrário, ele não receberá nada. Diga para ele tentar de novo. Continue até ele receber 4 moedas. Não diga a ele para ouvir ou esperar. Ele deve concluir que tem de parar e pensar para ganhar a moeda.


Exemplos curtos de intervenções


13. Auto-agressão

±     Comportamento: Bate com a cabeça na mesa

±  Intervenção: Uma menina bate com a cabeça na mesa quando fica com raiva. Às vezes, ela fica com raiva do material sobre a mesa; às vezes, quando é introduzido um jogo novo ou é feita alguma mudança no arranjo do material; às vezes, nem se sabe o motivo de ela ficar com raiva. Para interromper esse comportamento, sente-se perto dela. Assim que ela começar iniciar o movimento, recline a cadeira dela para trás, imediatamente, antes mesmo de ela bater a cabeça, controle, assim uns 2 a 5 minutos. Então, coloque a cadeira na posição correta, novamente. Faça isso, toda a vez que ela tentar bater a cabeça. Não diga nada, não fale com ela enquanto deita a cadeira para trás, não se mostre abalada. Apenas, faça.


14. Autodestruição

±  Comportamento: Bate no seu próprio rosto

±  Intervenção: Parece que este comportamento é relacionado com o ataque de birra da menina. Ela não pode falar, então, não se pode ter uma idéia do que a preocupa. O rosto fica vermelho e isso aumenta a preocupação dela. O que fazer: assim que ela começar a bater no rosto, segure o rosto dela com as suas duas mãos e diga "Não bata". Em seguida ajude-a com o material que ela trabalha.

±  Causa do sucesso: Ao segurar o rosto dela, você a impede de continuar com as batidas. Ao ouvir a sua voz, a menina acorda e interrompe o comportamento. Ao ajudá-la, imediatamente, com a tarefa na mesa, você a ajuda a diminuir este comportamento.

15. Agressividade

±    Comportamento: morder os outros

±  Intervenção: quando o menino morder a si próprio ou os outros, levante-se imediatamente, levante-o (pegue debaixo do braço dele e o levante) e o leve, rapidamente, para uma cadeira no canto da sala. Com determinação, sente-o na cadeira, com o rosto virado para outro oposto àquele onde ocorre a atividade que ele fazia.  Saia imediatamente dali e não diga nada. Ignore, caso ele chore. Depois de 10 a 15 minutos, volte para onde ele está e continue a trabalhar com ele, como se nada não tivesse acontecido. Não fale nada, ele acabará entendendo.

±  Causa do sucesso: Mesmo que não sinta dor, ele não gosta de ser levantado e levado para outro lugar longe do seu lugar de trabalho. Depois de muitas repetições da intervenção, ele começará a fazer a ligação e a perceber que isso acontece quando ele morde alguém. Por causa da pouca capacidade de ele de se concentrar e por causa da necessidade que tem de atrair a atenção, é importante não deixá-lo muito tempo sentado no canto, porque ele pode esquecer porque ele está lá. Levantá-lo e carregá-lo é absolutamente necessário para que este método tenha resultado.

16. Agressividade

±   Situação: Um menino que é fascinado por cabelo.  Ele não percebe que dói, quando ele puxa o cabelo, mas ele faz isso. Ajude-o a diminuir esse comportamento do modo a seguir.

±  Intervenção:
1) Amarre seu cabelo, quando trabalha com ele, para não lhe dar oportunidade de puxá-lo; 2) Fique alerta, quando ele está no seu colo ou perto da sua cabeça, e se afaste para impedi-lo de puxar o cabelo; 3) Quando ele estiver no seu colo, ensine-o a brincar de passar a mão dele no seu braço, como um gatinho e diga "miau", ou passar a sua mão na mão dele, como se fosse fazer um bolinho. Isso vai ensiná-lo a ter contato com você de um modo agradável e alegre.

±   Causa do sucesso: quando o menino não estava em contato com o cabelo e teve outra atividade construtiva, diminuiu seu impulso de puxar. Com as brincadeiras, ele aprendeu a ter contato com a pessoa de modo positivo. Ele teve contato e atenção do adulto, sem precisar puxar o cabelo.


17. Criança chata e provocativa.

±  Intervenção: Ignore as caretas e mímicas da criança, faça de conta que não viu. Continue a atividade que está desenvolvendo, mas repita a instrução de modo claro e simples. Use só uma ou duas palavras, dê a ela uma instrução não verbal, somente fazendo um gesto e tocando de leve o braço dela. Elogie, assim que ela começar a trabalhar, mas fique bem calmo.

±  Causa do sucesso: Quando a criança fica cansada ou confusa, demonstra isto fazendo micagens e caretas. Se receber instruções simples e ajuda, o estado de confusão pode diminuir e ela receberá um estímulo para continuar. O fato de o adulto permanecer calmo e ignorar a sua expressão nervosa diminui a vontade da criança de continuar com o comportamento.

18. Provocação

±   Situação: Uma criança que provoca jogando os materiais de ensino, para levá-lo a brigar com ela.

±   Intervenção: Não fale nada, não pegue o material. Afaste o corpo dela para trás, deixe-a com as mãos sobre os joelhos. Em seguida, fale para ela o que vai acontecer, quando ela terminar o exercício. "Depois de trabalhar, vamos jogar bola". Mostre para o local onde você vai jogar bola com ela. Repita a instrução do exercício que ela deverá fazer "Coloque o carro na caixa", por exemplo. Espere um pouco e a lembre, de novo, o que ela deverá fazer. Se ela não fizer o que você pediu, repita de novo a instrução apontando para a caixa.

±   Causa do sucesso: Esta criança tem dificuldade de passar de uma atividade para a outra. Ela fica indecisa sobre o que vai acontecer, após terminar a atividade. Ela começa, então, a provocar, na hora que o exercício está acabando. Ao dizer a ela o que vai acontecer ao terminar a tarefa, e ao ignorar a provocação, o comportamento provocativo diminui, porque a criança não tem motivos pra isso.



19. Reclama, BRIGA.

±  Situação: Uma criança que choraminga e briga para expressar uma necessidade.

±  Intervenção: Quando ela fizer isso, peça para ela apontar, tocar ou falar (se puder) o que ela quer. Se você descobrir o que ela quer, ensine-a com uma orientação física de como deve apontar ou pegar o objeto. Assim que ela fizer isso, de um modo adequado, dê a ela o objeto por alguns minutos. Se ela, de algum modo, não falar ou apontar para o que quer, vire as costas para ela, por alguns segundos. Vire de novo para ela e ajude-a a apontar para o que quer. Não adianta falar "Fica quieto!"; ele vai ficar quieto porque obtém o que quer.

±  Causa do sucesso: A criança aprendeu uma maneira de expressar seu desejo e a fazer o adulto responder a suas necessidades de um modo amável, sem gritar com ela ou reclamar.


20. A criança sai correndo da mesa de trabalho individual

±  Intervenção: Coloque a mesa dela, de modo que fique de costas para um canto. Faça a criança se sentar e coloque um lenço em volta da cintura dela e da cadeira. Faça um laço solto, sem apertar; assim, o laço se solta, se ela tentar sair, mas lhe faz um pouco resistência. ao tentar se levantar. Dê-lhe logo o exercício para ela fazer; elogie, se ela começar a trabalhar. Se ela gritar ou fizer birra, vire a cadeira de modo que ela fique de costas para a atividade, até ela se acalmar (no máximo: um minuto) Ensine que birra não vai mudar a tarefa ou lhe vai lhe dar mais atenção. Vire a criança de novo para a atividade e dê a ela algo comestível, de que goste, assim que ela começar a trabalhar. Continue assim, até que ela aceite se sentar no momento da lição, sem fazer birra. Use o lenço, na cadeira, mas não faça nó.

±   Causa do sucesso: O lenço que a segura de uma maneira leve é um lembrete, ele a faz lembrar que se espera que ela fique sentada. Isto impede seus movimentos impulsivos. Ao virá-la para interromper a atividade a ensina que a birra não fará mudar a regra ou lhe vai dar mais atenção. Ao se dar exercícios simples para trabalhar, ajuda-se a criança a permanecer sentada. O lenço deixado na cadeira funciona como uma lembrança visual da regra de se sentar durante o tempo do trabalho, mesmo que não seja usado como barreira.


21. Emite barulhos ou grita alto (auto-estimulação)

±   Situação: Um rapaz de 18 anos, que não compreende explicações verbais. Ele aprendeu a controlar sua atividade de auto-estimulação. Ele carrega uma espátula amarrada em um fio, e cada vez que ele tem necessidade de emitir estes ruídos, ele enfia a espátula entre os dentes e diz "Nenhum ruído!". Se ele entende que a espátula é usada quando ele faz ruídos; mostrar a ele a espátula é suficiente, funciona como lembrete, ele pára.

±   Causa do sucesso: Ele não gosta de colocar a espátula na boca, mas não morde ou mostra resistência. A espátula levou a atenção para o centro do problema dele, ou seja, a sua boca. O barulho parou, assim que a espátula foi colocada na boca. Tanto os pais como o professor usaram essa intervenção conseqüente, durante duas semanas, quando estavam no mesmo local que ele e o comportamento ocorria.


22. produz Um forte ruído

±   Intervenção: Pegue um balde plástico que caiba na cabeça. Assim que a criança começar com o seu ruído, vá para frente dela e faça "schiiii" com os dedos na frente dos lábios e ajude-a a imitá-la no gesto. Ajude-a a colocar o dedo na frente aos lábios. Se ela continuar com o ruído, depois que você soltar a mão dela, coloque o balde sobre a cabeça dela, por um tempo curto, o que fará com ela ouça o ruído que faz amplificado, e, desse modo, ela experimenta o seu próprio ruído, que é muito forte. Depois de pouco tempo, tire o balde e continue com a atividade. Se ela começar, de novo, faça novamente "schiii", com o dedo na boca e, se ela não ficar quieta, coloque o balde na cabeça dela, de novo. Espere um pouco mais dessa vez, mas não mais de 15 a 20 segundos.

±   Causa do sucesso: O balde na cabeça faz com que o ruído produzido pela criança aumente e, assim, ela se torna consciente de como é desagradável. Sem passar pela experiência, ela não consegue compreender o desconforto que o ruído causa, nem a nossa reação a ele. A criança aprende, rapidamente, a controlar seu ruído sempre que ver o balde de plástico (sente a conseqüência do seu ruído), o balde a faz lembrar de quão desagradável é o ruído.


23. Criança que se fixa em um objeto, grita
quando lhe retiram o objeto.

±   Intervenção: a criança gosta de segurar uma corrente nas mãos, o que a atrapalha de executar alguma atividade. Faça o seguinte, gradativamente: 1) Deixe a criança segurar a corrente com a mão esquerda, enquanto que, com a direita, ela executa alguma atividade. (por ex., tábua com figuras geométricas); 2) Coloque a corrente no lado de fora da mão esquerda, enquanto você a ajuda a segurar a tábua das figuras com a palma da mão; 3) Coloque a corrente em cima do punho esquerdo; 4) Coloque a corrente enrolada no punho esquerdo como uma pulseira antes de começar a trabalhar; 5) Use a corrente como uma pulseira, cada vez que ele for trabalhar com ela, seja qual for a atividade.

±   Causa do sucesso: Ao colocar a corrente numa parte do corpo que é adequada, a criança se sente garantida de que ela vai ter, junto dela, algo de que ela gosta muito e, assim, não fica agitada ou irritada Com isso, ela poderá se concentrar naquilo que você planejou para ela e se esquecer da corrente.




24. Fixação em um objeto: a criança tem sempre consigo um carro vermelho

±   Intervenção: Coloque uma bandeira vermelha ou um papel quadrado, vermelho, na mesa, em frente à criança, e depois coloque um tubo para ela fazer bolinhas de sabão, bem em frente dela. Você vai ensiná-la, gradativamente, a deixar o carro em cima dessa base vermelha, antes de começar a fazer as bolinhas de sabão.
1) Pegue a mão dela e a faça segurar o carro e deixá-lo em cima da base vermelha, sem precisar, contudo, soltá-lo. Mantenha-a segurando, enquanto ela assopra a bolinha de sabão (você segura o anel de assoprar para ela). 2) Tire o carro da mão dela e dê-lhe o anel de assoprar; agora, ela segura e você assopra. Afaste a base vermelha cerca 10 cm da criança enquanto você assopra, e depois afaste a base vermelha com o carro uns 20 cm. Aproveite e coloque um exercício de quebra-cabeça, bem simples, para ela fazer e, assim que ela terminar, dê o carro para ela. Com o tempo você pode pedir para ela colocar o carro na base vermelha, que ficará lá, durante o tempo que ela fizer a lição, e ela irá pegá-lo, quando terminar.

±   Causa do sucesso: O carro tem um lugar para ficar parado, durante a lição, e a criança sabe, sempre, onde o carro está. Ela não se perturba com o afastamento gradativo do carro porque sabe que o receberá de volta, após terminar a lição.


25. Chorona, pendura no pescoço da mãe, levanta a perna e não quer ficar de pé quando a mãe quer colocá-la no chão.

±   Intervenção: A criança é muito grande para ser segurada como um bebê, mas naturalmente, a mãe quer ter algum contato físico com ela. Fazer o seguinte: 1) Evitar carregar no colo; 2) Ensinar à criança brinquedos sociais que lhe dê um contato carinhoso (Relation Play por ex.); 3) Quando ela esticar as mãos para ser carregada, pode se sentar ao lado dela no sofá ou no chão, e lhe dar um abraço. Solte a criança e a ensine a brincar de cantar a "galinha do vizinho" ou outra brincadeira infantil. Cante, elogie com um toque no ombro. Se ela quiser ser carregada NÃO FAÇA ISSO. Segure na mão dela ou coloque sua mão no ombro dela. Se isso falhar, não faça nenhum contato com ela, vire as costas e saia por pouco de tempo; 4) Volte e comece de novo. Incentive-a  a acompanhá-la e aponte para algum brinquedo ou algo que existe no local (uma bola, por exemplo). Pode ser que a criança não colabore no começo, mas, se você é conseqüente e NÃO CARREGÁ-LA JAMAIS, ela aprenderá que a regra mudou.

±  Causa do sucesso: Mesmo que a criança proteste, no início, as brincadeiras que você vai apresentar vão fazer com que ela diminua ou mesmo acabe com o choro e aprenda a brincar um tempo curto. Ela aprenderá que será divertido, cada vez que segui-la e brincar de algo do qual ela gosta. Sua mania "chorona" depende de um comportamento antigo, tempo de bebê, porque ela não sabia nenhuma brincadeira adequada à sua idade.


26. Incapaz de olhar para as pessoas quando fala com elas

±   Intervenção: Treine a criança a olhar para você, quando você treina a fala ou em atividades com as palavras "Quem?" "Onde?" "O que?", apontando ou mostrando uma figura. Se a criança fala, faça a pergunta apontando para uma gravura "Quem joga a bola?". Quando ela já sabe responder, esconda a figura e pergunte de novo "Quem joga a bola?". Pegue, com cuidado, na sua cabeça e a faça olhar para você. Só elogie e dê algum reforço em forma de comida, se ela olhar para você. Após esse treino, só responda ou dê o que ela pedir, se ela olhar para você. Se ela não fizer isso, toque de leve no seu queixo para lembrá-la que deve olhar para você.

±   Causa do sucesso: Esconder a figura foi um método para interromper a mania dela de olhar para baixo. Ao esperar um pouco para lhe elogiar, fez com que ela se esforçasse a olhar para você As repetições com estrutura fizeram com que o novo comportamento, o de olhar para a pessoa que fala, enfim se instalasse na criança.  Estimulá-la a olhar para quem fala, durante todo o dia, foi o que colaborou para o sucesso do treino.


27. Agarrar impulsivamente os objetos para si mesma

±   Intervenção: Arranje os materiais na mesa, de modo que a criança não possa agarrá-los. Tenha só a caixa de material para classificar, em frente da criança. Pegue uma bala, bolacha ou uva passa. Faça o seguinte: 1) Diga "Abaixa as mãos" e espere até ela colocar as mãos sobre os joelhos, ficar quieta e olhar para você; 2) Coloque na mesa um dos objetos a ser sorteado. Ela pegará, imediatamente, então segure a mão dela, ajude-a a colocar o objeto dentro da caixa e diga "Muito bem" e, em seguida, diga "Abaixa as mãos". Ensine-a colocar as mãos sobre os joelhos; 3) Quando ela abaixar as mãos, dê-lhe o reforço (bolacha) e diga "Muito bem".

±   Causa do sucesso: A criança aprende a controlar suas mãos porque ela aprende o que fazer com elas e a usá-las, quando não há nenhum outro objeto na mesa. A instrução para abaixar as mãos e colocá-las sobre os joelhos ajudou-a a interromper os seus impulsos, durante uma atividade de instrução.


28. Falta de iniciativa, senta e espera passivo
que  se diga o que fazer.

±   Intervenção: Coloque um tubo de fazer bolinhas de sabão perto de você e dê à criança duas contas e um fio. Ajude-a com a primeira conta. Mostre como se enfia e quando está pronto. Mostre que ela deve enfiar a segunda conta. Ajude-a. Diga "Pronto" e coloque na caixa PRONTO. Como reforço, dê a ela o tubo para fazer bolinha de sabão. Repita o exercício com mais duas contas, ajude-a, se necessário, diga "Pronto" ajude-a a colocar na caixa PRONTO e depois dê o tubo de bolas de sabão. Por último, dê a ela 3 contas e veja se ela faz sozinha, sem precisar que você lhe diga.

±   Causa do sucesso: Propor um exercício bem fácil e curto, possibilitando à criança fazer, depois, algo muito agradável e recreativo, que é fazer bolas de sabão. Dar o tubo para fazer bolas de sabão, após o exercício, faz com que ela trabalhe para depois se divertir.

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