É recomendado levar a criança ao banheiro com frequência, inicialmente com pequenos intervalos de tempo, deixando sempre a criança no vaso sanitário um tempo também inicialmente reduzido.
Começamos com os pequenos intervalos de tempo que devem ser aumentados conforme o desenvolvimento do ensino. Exemplo: iniciou-se o treinamento com um intervalo de dez em dez minutos, deixando a criança de 30 segundos a um minuto no vaso sanitário, foi observado que a criança está fazendo várias vezes as suas necessidades no vaso sanitário, com isso pode-se aumentar o intervalo de tempo de idas ao banheiro para 15 em 15 minutos e assim sucessivamente.
Sugere-se também registrar os horários em que ocorrem o xixi e o cocô para ser possível ter uma noção de seus horários e lhe dar uma idéia do tempo de intervalo que pode ser praticado com a criança.
O tempo que se permanece no banheiro tem que ser prazeroso, deve-se levar brinquedos, música, algo que seja bom e que a criança goste, para que a ida ao vaso sanitário seja positiva e reforçadora a ela.
Lembrando das palavrinhas chaves: paciência, persistência e confiança, deve-se durante a noite acordar para levar a criança ao banheiro também. Recomenda-se que não dê muito líquido a ela no período da noite. Se não for possível acordar a criança durante a noite, devido a um distúrbio de sono, que seja colocada a fralda com ela dormindo e retirada antes de acordar.
Quando fizerem qualquer necessidade no vaso sanitário, deve-se elogiar e reforçar com algo que a criança gosta. A questão do reforço é algo muito bom para obtermos resultados positivos, pois motiva as crianças. Os reforços podem ser: receber um brinquedo, ouvir a música que gosta, ver o DVD que gosta, ganhar uma guloseima (um pedaço de chocolate, bala, salgadinho), cantar para ele ou apenas um elogio social (Muito bem! Parabéns!) entre outras coisas que a criança goste.
Esses reforços também aos poucos vão sendo retirados, assim que a criança começa a associar suas necessidades fisiológicas ao banheiro e começa a obter o controle esfincteriano. A retirada também deve diminuir aos poucos, em alguns momentos damos, em outros não.
É importante ter sempre em mente que não tem um tempo certo para a criança aprender, cada uma tem seu tempo.Para obter sucesso é fundamental que todos que estejam envolvidos com a criança ajam igualmente com ela. Se apenas quando ela estiver com os pais ficar sem fralda, mas quando for para a escola ou para a casa dos avôs ficar de fralda, o treinamento será muito sofrido para a criança e a possibilidade de dar certo será menor.
Quando a criança obteve o controle esfincteriano e aprendeu a usar o banheiro, o próximo passo a ser ensinado deve ser ensinar-se a limpar-se com menos apoio.
Como em qualquer ensino, o importante para que a criança obtenha maior nível de independência e autonomia é não fazer nada por eles, e sim com eles, ou seja, para ensiná-los a limpar-se é necessário dar apoio para a criança se limpar, apoiando fisicamente sua mão e retirar essa ajuda gradativamente, aos poucos.
É possível que algumas pessoas com autismo necessite sempre de um pequeno apoio, mas é necessário que não desista de ensiná-los para que possam alcançar pelo menos um pequeno nível de independência.
Durante o desfralde, deve-se ficar atento a alguns sinais que podem vir a prejudicar a criança, como segurar muito tempo a urina ou prisão de ventre. Inicialmente é normal ocorrer prisão de ventre, porém, caso ocorra com freqüência, causando mal estar à criança, é aconselhável procurar orientação médica, tanto para prisão de ventre, quanto para segurar muito tempo a urina – para que não ocorra uma infecção urinária.
Tudo isso é fundamental para dar a chance das crianças desenvolverem suas habilidades de forma mais autônoma e independente, para uma melhor qualidade de vida presente e futura.
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