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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

ORIENTAÇÕES DE MANEJO DO TDAH NO AMBIENTE ESCOLAR


Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) apresenta diversos sintomas, além de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que são os mais frequentes e evidentes.
Irritabilidade, desorganização, dificuldade na gestão do tempo, baixa capacidade de planejamento e execução de tarefas, baixa tolerância à frustração, inadequação social, dificuldade na solução de conflitos, imaturidade emocional, baixo interesse por atividades longas e monótonas, entre outros, também podem ser características de uma criança / adolescente com TDAH. Adicionalmente, outros problemas comportamentais, emocionais, de aprendizagem ou de linguagem podem estar associados ao TDAH.
O ambiente escolar, por sua vez, pode ser um grande aliado no manejo destas crianças / adolescentes como também pode tornar-se mais um desafio em suas vidas.
A escola tem papel fundamental na vida do aluno e, ao encontrar uma escola comprometida e educadores capacitados, presentes e cuidadosos, ele terá melhores condições de superar suas dificuldades e desenvolver suas potencialidades.
Vamos a algumas dicas práticas de manejo do aluno com TDAH no ambiente escolar. Estas dicas estão agrupadas por áreas de atuação da escola e do educador.
COMUNICAÇÃO:
A comunicação com o aluno deve ser breve, objetiva e clara, garantindo que ele esteja atento ao interlocutor. Deve-se evitar frases e comandos longos ou que envolvam um grande número de tarefas.
A comunicação entre a família, a escola e os profissionais que cuidam do aluno é uma grande ferramenta para um desempenho escolar satisfatório.

REGRAS E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA: 

O aluno deve saber quais são as regras da escola e as consequências do não cumprimento destas regras. Isto não deve ser colocado como uma ameaça mas como informação para que ele possa adequar-se ao funcionamento da escola.
A impulsividade é um dos fatores que frequentemente faz estes alunos ultrapassarem os limites e desrespeitarem as regras. Estes fatos devem ser apontados e o aluno deve ser orientado a identificar situações de risco, onde o respeito às regras pode ser comprometido.
Bom senso não é algo fácil de ser encontrado nestes alunos. O educador não pode “esperar” que ele perceba situações implícitas. Conversas claras e pontuais podem ajudar o aluno a conhecer melhor suas dificuldades e habilidades e, consequentemente, melhorar sua atuação na escola.
punições, advertências e suspensões não garantem o aprendizado de comportamentos adequados. Estas ações devem ser restritas a situações cabíveis.

OBJETIVOS E METAS:

O aluno deve ser implicado em seu processo de aprendizagem e acompanhar os resultados de seu desempenho escolar. As informações e decisões não devem ficar limitadas ao eixo escola-família. Ele deve ser informado periodicamente de sua situação e fazer parte do estabelecimento de objetivos e metas.
Os objetivos e metas devem ser possíveis de serem alcançados pelo aluno.
Deve-se fazer acordos com o aluno e oferecer feed-back de seus resultados.

ROTINA DE ATIVIDADES:

O aluno deve saber qual será a rotina diária da classe. Ela deve estar visível para que ele possa acompanhar o desenvolvimento das atividades e adequar-se caso tenha se distraído ou desorganizado.
Esta rotina será aliada do aluno se oferecer pequenos períodos de descanso e alternância de atividades mais ou menos motivadoras e dinâmicas.

POSIÇÃO EM SALA DE AULA:

Uma posição próxima ao professor pode minimizar a oscilação da atenção do aluno.
Portas e janelas próximas ao aluno podem ser grandes distratores.

ORGANIZAÇÃO:

Em geral, a organização não é o ponto forte do aluno com TDAH. O suporte na organização, sobretudo em situações de maior complexidade e que exigem uma maior habilidade organizacional, é fundamental.
O aprendizado da gestão do tempo pode ser facilitado com o acompanhamento da rotina disposta visualmente e com periódicos e breves exercícios de previsão de tempo de cada tarefa.
Um local para a listagem de tarefas a serem realizadas pode ser um grande aliado do aluno.
ajudá-lo a registrar as tarefas em sua agenda e riscar as já realizadas é uma medida simples que pode facilitar o controle das atividades.

SOCIALIZAÇÃO:

É importante ajudar o aluno a sentir-se parte integrante, ativa e relevante no ambiente escolar. Suas características positivas devem ajudá-lo a sentir-se útil e aceito no ambiente escolar. Um exemplo possível é convidá-lo a fazer parte do planejamento e da montagem de uma feira pedagógica, cultural ou comemorativa. Esta ação envolve movimento, dinamismo e os resultados são palpáveis.
os conflitos, quando possível, devem ser resolvidos entre as partes envolvidas, com a mediação de um adulto, proporcionando o aprendizado de suas soluções. Meras punições e notificações não garantem este aprendizado.
A identificação de sinais de crise, como envolvimento em discussões, excesso de agitação, irritabilidade, etc., é um recurso importante. Nestes momentos a atuação do educador é valiosa para que o aluno e a classe aprendam a buscar soluções e desenvolvam uma relação de respeito e colaboração.
A alternância de atividades individuais e em grupo pode promover uma melhor atuação social do aluno.

FATORES EMOCIONAIS:

O aluno deve ser valorizado em seus pontos positivos (fortes), em seus esforços e em suas conquistas.
os pontos negativos (fracos) devem ser vistos como metas a serem superadas. As pequenas conquistas devem ser constantemente pontuadas.
Fracassos frequentemente fazem parte da vida do aluno com TDAH. O educador pode ser um grande aliado na mudança da rota de vida deste aluno.
A escola deve oferecer ajuda ao aluno, antes que ele desista dele mesmo.

APRENDIZAGEM:

Nem todos os alunos com TDAH apresentam dificuldades pedagógicas. Muitas vezes a oscilação da atenção leva à baixa retenção de informações na memória, comprometendo o aprendizado. Isto deve Ser diferenciado para que estabeleçam-se estratégias adequadas à origem do problema.
Os jogos, brincadeiras e atividades lúdicas são ótimos viabilizadores e reforçadores do aprendizado. A motivação facilitará o aprendizado.
Os problemas específicos de aprendizagem devem ser identificados para que tenham o direcionamento adequado. A equipe de profissionais que acompanha o aluno pode oferecer o suporte necessário para o manejo destas questões.
Incentivar o aluno a tomar nota dos pontos mais importantes de cada conteúdo e destacar com cores e sinais as informações essenciais são recursos fortalecedores da aprendizagem.
Estratégias de memorização podem ser ensinadas pelo educador como auxílio para a aprendizagem.

LIÇÃO DE CASA:

A lição de casa é facilmente encarada pelo aluno como um “monstro impossível de ser domado”. Assim, ela deve ter como objetivo a revisão e a prática do conteúdo ensinado e não o treino exaustivo de conteúdos dados.
A quantidade e a dificuldade da lição de casa e dos trabalhos devem ser compatíveis com o potencial do aluno.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:

É necessário adequar o conteúdo e a forma de avaliação, caso o aluno necessite.
O conhecimento apresentado pelo aluno deve ser mais importante que a quantidade.
proporcionar outras formas de expressão do saber, dentro dos parâmetros possíveis para cada situação.
Avaliações de longa duração podem não permitir que o aluno mostre seu conhecimento sobre a matéria mas sua dificuldade de gestão do tempo.
A competitividade excessiva pode ser uma armadilha para o aluno com TDAH.

DIRETRIZES GERAIS PARA OBTENÇÃO DE BONS RESULTADOS:

Flexibilidade, comprometimento e disponibilidade.
Respeito à individualidade.
A relação de autoridade deve ser pautada na confiança e no respeito.
Disponibilidade para o cuidado com a relação aluno-educador.
Cautela com estigmas e rótulos.
Elaboração em conjunto com outros professores de estratégias de manejo do aluno.
Reavaliação frequente das estratégias adotadas pela escola.

Estas são algumas orientações que devem estudadas e definidas diante da necessidade específica de cada aluno.

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