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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

terça-feira, 14 de junho de 2011

O PAPEL DO MEDIADOR ESCOLAR



É papel do mediador escolar atuar nos aspectos:
Sociais /comportamentais,
Comunicação /linguagem,
Atividades /brincadeiras e/ou
Tarefas /conteúdos pedagógicos.

MEDIAÇÃO ESCOLAR

  • Atuar no ambiente escolar, dentro da sala e demais dependências da escola,e também nos passeios extras (fora da escola) que ocorrerem dentro do horário da mediação.
  • Ser assíduo e pontual, respeitando os horários, as regras e normas da instituição escolar onde faz a mediação.
  • Ser discreto e profissional evitando envolver-se em assuntos que não dizem respeito ao trabalho de mediação.
  • Lembrar sempre que o que ocorre no ambiente escolar deve ser compartilhado e discutido apenas com os profissionais envolvidos, equipe pedagógica e terapeutas responsáveis pela orientação.
  • Solicitar apoio e supervisão da equipe responsável sempre que sentir necessidade, evitando passar problemas e dificuldades pertinentes à mediação aos responsáveis.
  • Avisar com antecedência, sempre que possível, caso precise faltar para que a equipe terapêutica possa decidir junto à escola e aos responsáveis qual o procedimento indicado.
  • Vestir-se adequadamente, utilizando sempre roupas que possibilitem uma fácil movimentação; evitar usar saias, shorts, blusas decotadas, sandálias, sapatos com salto, relógio, anéis, brincos grandes, colares, pulseiras e unhas grandes que possam vir a machucar a criança.
  • Estabelecer um contato diário com o responsável (família), caso necessário utilizar uma agenda ou um caderno “leva e trás”, para que ambos possam trocar informações sobre o dia a dia da criança.
  • Entregar os registros semanais e mensais pontualmente, participando das supervisões, grupos de estudo e treinamentos com as terapeutas responsáveis.
  • Conversar com o professor explicando, sempre que necessário, os porquês dos procedimentos e intervenções realizados no ambiente escolar.
  • Entrar em contato com os terapeutas responsáveis caso perceba a necessidade de uma reunião extra com o professor ou equipe pedagógica.
  • Manter sempre a atenção da criança voltada para as ordens e informações dadas pelo professor.
  • Orientar o grupo de colegas da sala a não valorizar ou mesmo ignorar as estereotipias e outros comportamentos inadequados.
  • Atuar no momento da entrada ou saída escolar, direcionando a criança ao grupo e ensinando-a como se comportar naquele momento, estimulando o cumprimento da rotina e das ordens dadas pela professora.
  • Durante o recreio mediar à relação da criança com os seus colegas nas brincadeiras e situações sociais.
  • Dirigir-se com a criança ao banheiro, caso haja necessidade, auxiliando-a em seus hábitos de higiene promovendo assim maior independência e autonomia. Caso exista na escola um profissional específico para auxiliar os alunos nesse momento, o mediador estará apenas por perto, intervindo caso ocorra algum conflito ou dificuldade entre eles.
  • Manter-se sempre junto ao grupo e ao professor de sala, cumprindo, dentro do possível, toda a rotina e as atividades pedagógicas.
  • Atuar em parceria com o professor dentro de sala de aula.
Situações de mediação:
Sociais / Comportamentais
  1. Mediar às situações sociais ensinando a criança como participar, compartilhar e interagir no grupo.
  2. Minimizar a tendência da criança ao isolamento social, facilitando sua interação.
  3. Ensinar a criança a abordar o outro na tentativa de interação, estimulando o contato visual e a utilização dos cumprimentos usuais.
  4. Desviar a atenção da criança das manias, rituais e atividades repetitivas e estereotipadas.
  5. Intervir adequadamente nas reações comportamentais drásticas diante de mudanças na rotina ou no ambiente escolar.
  6. Ensinar a criança a olhar para o grupo e a observar o comportamento das outras crianças estimulando a imitação. O mediador pode direcionar o olhar da criança apenas falando ao seu ouvido ou mesmo virando seu rosto e corpo delicadamente para onde estão os outros.
  7. Observar detalhadamente cada situação, com o objetivo de prevenir comportamentos inadequados, antecipando verbalmente ou através de informações visuais o que vai acontecer.
  8. Minimizar e intervir em situações que causam desconforto sensorial, explicando o ocorrido.
  9. Ensinar a criança a se acalmar, e, caso necessário, levá-la a um ambiente mais tranqüilo.
  10. Usar histórias ou representações para explicar soluções e possibilidades de ações em situações sociais específicas.
  11. Estimular a empatia, o vínculo e o prazer no convívio social.
  12. Encorajar a criança a solicitar ajuda do professor ou dos próprios colegas.
  13. Evitar o acesso aos objetos ou materiais que fazem parte dos interesses restritos da criança e que a afastam do grupo ou das atividades propostas.
  14. Aproveitar, dentro do possível, os interesses restritos da criança tornando-os uma fonte motivadora de contato social.
  15. Tornar a vida da criança previsível através da estruturação de rotinas, reduzindo o imprevisível que muitas vezes geram birras e/ou comportamentos inadequados.
  16. Organizar, sempre que necessário, a seqüência das atividades diárias através de informações visuais (cartões com fotos, desenhos ou imagens) para reduzir o nível de ansiedade da criança.
  17. Ensinar noção de tempo, utilizando um relógio, um calendário de fácil compreensão ou a através da própria organização da rotina.
  18. Sempre que possível, ensinar a criança a se colocar no lugar do outro, refletindo também sobre o pensamento e os sentimentos das pessoas.
  19.  Estimular a criança, após uma situação de conflito, a refletir como o seu comportamento ou atitude atingiu o grupo, um colega ou professor especificamente, orientando-a a pedir desculpas, caso haja necessidade.
  20. Estimular a criança a refletir sempre sobre estratégias alternativas para resolver determinada situação.
  21. Ensinar as habilidades sociais de como se apresentar, como pedir algo e como se expressar em determinadas situações sociais.
  22. Oferecer o reforço positivo (verbal ou gestual) sempre que a criança apresentar um comportamento correto e adequado.
  23.  Ignorar, corrigir ou redirecionar um comportamento incorreto ou inadequado. Sempre que necessário dizer para a criança o que se espera dela em cada situação.
  24. Auxiliar a criança no desenvolvimento de sua autonomia, iniciativa e compreensão daquilo que está fazendo ou do que precisa fazer.
   Comunicação / Linguagem
  1. Estimular o apontar e o olhar para o que o outro aponta ou fala.
  2. Estimular a imitação dos movimentos, sons e atividades.
  3. Estimular o “triangular do olhar”, ou seja, olhar para a pessoa e para o objeto de que se fala, alternadamente.
  4. Traduzir, caso necessário, as informações auditivas (ordens verbais) em informações visuais, apontando ou mostrando figuras ou objetos relacionados com que foi dito.
  5. Partir as informações auditivas em pequenas informações.
  6. Em mudança de rotina ou situações novas utilizar fotos e explicações para ajudar a criança entender melhor o que irá acontecer.
  7. Ajudar a criança a modificar em seu discurso o uso da terceira para a primeira pessoa.
  8. Organizar o discurso da criança de acordo com o contexto.
  9. Direcionar a atenção da criança para quem fala ou para as atividades que estão sendo realizadas.
  10. Ensinar a perceber a linguagem corporal e as expressões faciais.
  11. Utilizar recursos visuais para ensinar a perceber as emoções.
  12.  Ensinar marcadores para iniciar ou terminar uma conversação.
  13. Fazer a criança perceber como seus comentários podem ser mal interpretados pelo outro.
  14. Explicar metáforas e expressões idiomáticas de acordo com o contexto.
  15.  Ensinar como modular seu discurso de acordo com ritmo, intensidade e tom.
  16. Fazer com que a criança perceba quando seu discurso se torna pedante.
  17.  Facilitar a conversação aproveitando assuntos que fazem parte dos interesses restritos da criança.
  18. Explicar para os colegas e professores que, por vezes, o tempo de resposta, aprendizagem ou de ação da criança é diferente, mas que todos podem ajudar com paciência e persistência.
Atividades / Brincadeiras
  1. Estimular o interesse por brinquedos ensinando à criança a brincar de forma funcional e adequada.
  2. Brincar falando o que está fazendo e o que pretende fazer.
  3. Estimular os jogos do tipo “faz-de-conta”.
  4. Estimular o brincar fazendo inicialmente, se possível, a mesma coisa que a criança estiver fazendo e aos poucos direcionando ao grupo.
  5. Ensinar a criança a ser flexível, aceitando novas situações e brincadeiras.
  6. Estimular a participação de jogos competitivos, ensinando-a a ganhar e perder nas diferentes situações de disputa.
  7. Explicar aos colegas que muitas vezes aquela criança quer brincar, mas que não sabe como fazer.
  8. Aproveitar as crianças que tem maior vínculo afetivo de sua turma para estimular a interação, sempre com a participação do mediador.
Tarefas / Conteúdos pedagógicos.
  1. Solicitar, logo no início do ano letivo, o calendário escolar e o planejamento pedagógico.
  2. Conhecer o projeto pedagógico e a metodologia da escola em questão.
  3. Pedir ao professor o planejamento semanal das atividades e conteúdos pedagógicos, para que o mediador possa adaptá-los às necessidades e possibilidades da criança.
  4. Dentro do possível, preparar com antecedência os recursos pedagógicos que se fizerem necessários para uma melhor compreensão por parte da criança, do que será trabalhado em sala de aula.
  5. Ajudá-lo a ter iniciativa solicitando ajuda do professor quando não estiver entendendo um determinado exercício ou explicação.
  6. Ser capaz de improvisar um recurso para um conteúdo ou tarefa que estiver além da possibilidade de compreensão daquela criança.
  7. Discutir com a equipe pedagógica e terapêutica responsável a necessidade de adaptação dos conteúdos pedagógicos.
  8. Buscar sempre estimular a criança diante das atividades pedagógicas fazendo-a se sentir motivada para a aprendizagem.
  9. Quando necessário, adaptar provas em relação ao conteúdo, formatação ou quantidade de exercícios, com a participação da equipe terapêutica e pedagógica.
  10. Auxiliar nos exercícios e provas quando necessário.
Estes itens foram descritos pela mediadora escolar Vanessa de Freitas Schaffel e pela equipe responsável pelo PROGRAMA PRIORIT (Aline Kabarite – Fonoaudióloga e Roberta Marcello – Psicóloga).

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei essa publicacao! como mediadora escolar, sue blog tem me ajudado mt querida,
Obrigada por tudo!!!
e assim q tiver cursos e palestras por ai me convide, moro longe mas dou um jeito de ir
Bjs azul pra vc!!!

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