TEACCH
O TEACCH tem historicamente seu nome ligado à abordagem do autismo como um transtorno do desenvolvimento, à educação como estratégia de tratamento e inserção das pessoas com autismo na família e na comunidade, ao movimento das associações de pais, à colaboração entre pais e profissionais como politicamente a mais potente para o tratamento, à pesquisa e à sensibilização da comunidade.
Atualmente oferece serviços abrangentes, da 1ª infância até a idade adulta, incluindo diagnóstico e avaliação, projetos de tratamento individualizados, educação especial, treinamento de habilidades sociais, treinamento vocacional, consultoria a escolas e convênio com as escolas estaduais, treinamento e aconselhamento dos pais e promoção de atividades de grupos de pais. Mantém também um projeto de pesquisa ativo e capacitação multidisciplinar para profissionais lidando com crianças, adolescentes e adultos com autismo e suas famílias. Isso tudo nos EUA. Aqui no Brasil, as escolas que seguem esse programa, cumprem a maioria dessas atividades também.
Segundo Gary Mesibov (2004), atual diretor do TEACCH, um princípio permanente e valioso do serviço é a idéia de instigar e manter o espírito de colaboração e cooperação, inclusive para tentar ajudar a comunidade a entender o autismo. A teoria essencial é que as pessoas com autismo são diferentes. O autismo afeta sua forma de aprender o mundo - de falar, de comer, de se comunicar, etc - mas não tem nada de errado ou degradante. Partindo dessa premissa, o movimento então seria em direção ao respeito pelas diferenças que o autismo cria em cada pessoa singular e na promoção do apoio e facilitação que eles precisam, justamente devido as tais diferenças.
Por isto a direção dos esforços terapêuticos e educacionais não é no sentido de curar ou fazer uma pessoa com autismo ser normal. As técnicas e as estratégias, tais como a Extra-clarificação visual, os sistemas alternativos de comunicação e os painéis de rotinas, não são usadas porque foram inventadas, elas foram propostas a partir de anos de estudo cuidadoso e são elementos que eles precisam, como um cego precisa de braile ou alguém de óculos. Seria então uma forma de reconhecer as diferenças, sem tomá-las como um impedimento e construir com isto algo de positivo.
Marialice Vatavuk
Boletim Autismo Brasil (BAB), n. 1, na coluna "Possibilidades", de março de 2005.
APLICAÇÃO DO MÉTODO TEACCH PARA PAIS
http://www.carlagikovate.com.br/index_arquivos/Page790.htm
Autismo e os Princípios Educacionais do Programa TEACCH
http://www.soldeamor.com/ent_amasmetodo.htm
SALA DE AULA TEACCH
http://www.eb1-luso.rcts.pt/03_04/sala%20teach.htm#estrutura
Aqui no Brasil, o método TEACCH é o mais utilizado em escolas para portadores de necessidades especiais.
Estruturação física - áreas de trabalho:São seis as áreas de aprendizagem que, habitualmente, compõem uma sala TEACCH:
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1. Aprender -área de ensino individualizado
- Privilegia o desenvolvimento de novas aprendizagens;
- Desenvolve a atenção e concentração;
- Facilita a interação e a focalização do olhar;
- De frente para o adulto e de costas para fatores de distração.
2. Trabalhar -área de trabalho individual e autónomo
O gabinete de trabalho permite:
- Redução de estímulos distratores;
- Focalizar a atenção nos aspectos importantes da tarefa;
- O plano de trabalho indica à criança as atividades a realizar e a sua sequência;
- As tarefas propostas estão organizadas em caixas individuais.
3. Brincar
- É um local para brincar e, principalmente, para aprender a brincar;
- É um espaço de relaxamento, lazer;
- Promove a escolha de brincadeiras e o desenvolvimento de actividades com os pares;
- Possibilita a imitação de actividades da vida diária;
- Dispõe de brinquedos, almofadas, espelho, música.
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4. Computador
Espaço para o trabalho com o computador:
- Facilita a atenção e a concentração;
- Permite consolidar aprendizagens;
- Ajuda a minimizar dificuldades na escrita.
5. Trabalho de grupo
- Zona para a promoção da interação social;
- Estimula a partilha e o trabalho com os pares;
- Fomenta a diversificação de atividades.
6. Reunião
- Zona para a exploração de objetos, imagens, sons e gestos;
- Desenvolvimento de competências ao nível das noções espaço-temporais, autonomia, compreensão de ordens verbais.
Um comentário:
Oi adorei teu blog,bem abrangente,vou segui-lo,se puder,da uma passadinha pelo meu também.
vanderlanpedagogo-vanderlan.blogspot.com
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