Muitas mães sofrem com a seletividade alimentar de seus filhos autistas.
No capítulo tem todas as variantes de médica a comportamental, passando por sensorial que podem estar levando a criança a agir desta forma. Tem dicas excelentes também para tomar providências e redirecionar o caso. Estas crianças são as que mais precisam de ajuda e há solução.
Temos que "atacar" todos os pontos em conjunto.
O 1º de todos e crucial é a preparação mental do cuidador.
E aí talvez todo o livro ajude.
Outro destaque importante nesses casos é que há uma teoria amplamente confirmada por relatos de pais, que é a teoria do alimento viciante.
A criança só come aquilo em que está viciada.
Muitos pais relatam que assim que a criança "limpa" do vício, imediatamente ela passa a ter um repertório alimentar maior.
A seletividade alimentar não é problema só de autistas, a grande maioria das crianças atualmente tem comido muito mal!
Primeira coisa: seu filho come mal?
Faça uma avaliação nutricional!!!!
Parasitas tiram o apetite, ausência de vitaminas e nutrientes tiram o apetite, falta de minerais altera o paladar e causa repulsa... e várias outras coisinhas em jogo como disfunção sensorial onde cheiros desagradam e incomodam, texturas são preferidas, cores influenciam...
Depois de colocar tudo em ordem medicamente ou então paralelamente às providências médicas, aí sim a educação entra em cena!
O 1º grupo de pais que me convidou para uma palestra em sua cidade, foi o GETID de Recife.
Lá eu fiquei na casa de uma das mães e a alimentação do filhote era: arroz branco, purê de batata e bolinho de bacalhau todos os dias no almoço e jantar, bolacha salgada de uma única marca, danoninho e vitamina de 2 únicas frutas com leite de soja.
Quatro meses após o nosso contato e a vontade de pôr em prática tudo o que foi aprendido na palestra e workshop, recebi o seguinte email da mãe:
Era uma vez uma criança seletiva:
Amiga,
Comecei a me interessar pelo tema ano passado foi quando houve o congresso em SP, neste momento que vi e ouvi você atentamente pensei: O que estou fazendo?. E depois daquele congresso o que tinha dúvida passei a ter certeza. Te abordei e penguntei qual a possibilidade de vir a Recife, você não imagina minha emoção quando disse: - Toda é só marcar.
Naquela proposta para vir à Recife...não imaginava como seria maravilhoso.
Sempre gostei de cozinhar, mas apenas comidas nordestinas e massas.
R, só comia bolinho de bacalhau, purê e arroz, vitamina, chambinho e bolacha cream craker.
Atualmente nosso R continua tomando a vitamina com alguma fruta, mas come arroz integral, bolinho de bacalhau sem gluten, purê sem caseína (feito com leite de castanha), biscoito de soja banhado no chocolate, feijão mulatinho enrriquecido, cozido com todas as verduras, chambinho do R feito com leite de castanha, peixe pescada amarela, carne moida, Pão de linhaça sgsc.
Na vitamina acrescentei amaranto, linhaça e gergelim. E passou a comer chocolate em barra. E começou a beliscar bolo...estou torcendo que seja mais um item conquistado.
Aqui mudamos nosso hábitos, para caso ele queira beliscar, já irá conhecer o sabor SGSC.
Todas estas mudanças na alimentação aconteceram de maio de 2011 até hoje...acredito que iremos ampliar ainda mais.
Além dos benefícios para R, as mães viram a diferença e começaram a me encomendar bolo, coxinha, bolinho de bacalhau e brigadeiro ajudando na renda familiar da casa. Estou fazendo treinamento nas casas de como comer gostoso sem glúten e sem caseína. Treino as babás e as empregadas. Tem um caso que a criança adorava bife empanado, como não tem intolerância a ovo, até agora só a caseína e ao glúten, fiz um bife empanado com farinha de rosca sem glutén e sem caseína, virou um sucesso. Quando chego semanalmente na casa dele, ele diz: - "oba tia bolo" :)
Em tão pouco tempo, ou seja, 04 meses minha família passou a comer melhor e essa mudança trouxe benefícios alimentares e financeiros para nós.
Pude até ampliar as terapias do R, como faço quase tudo em casa, economizo bastante. Até mais do que quando não fazia a dieta.
Tenho muito a te agradecer minha querida amiga, pois fostes uma luz na vida do meu R...como dizia minha avó: se adoça a boca do meu menino a minha adoça também.
Te amo muito, obrigada é pouco.
Bjs
Este texto é mais uma tradução do site da Revista Autism File:
1. Esteja preparado, organizado e habilitado.
Mudança de hábitos alimentares leva tempo e paciência. Você precisa estar preparado e ter um plano que é realista e prático para sua família. Seja muito clara sobre seus próprios objetivos e direção, e comemore cada passo bem sucedido que você tomar.
✓ Organize sua cozinha e torne-a um lugar feliz.✓ Livre-se de alimentos não saudáveis que já não se encaixam em seu novo plano de saúde.✓ Organize seu espaço no balcão para fazer a preparação de alimentos mais fácil.✓ Deixe a mão aqueles itens que você usa regularmente e os que você raramente usa, guardados.✓ Como comer bem é um dos passos mais importantes para ser saudável, ler livros sobre nutrição pode motivá-lo a se manter firme em seus objetivos.
2. Envolva todos os interessados e faça um plano em conjunto.
3. Faça o planejamento da refeição, preparação e cozimento uma atividade familiar.
Envolver todos incentiva o sucesso. Crianças que ajudam a planejar as refeições semanais são mais propensas a comê-las.
4. Elimine os beliscos e lanchinhos constantes.
Tudo tem um gosto melhor quando você está com fome. Novos alimentos parecem mais apetitosos e os cheiros provenientes da cozinha são mais atraentes, quando seu corpo está pronto para alimentos. No entanto, muitos de nós nunca obtém a plena satisfação de comer uma refeição quando estamos com fome por causa dos beliscos constantes.
5. Trabalhar em dessensibilização de texturas.
Textura dos alimentos pode ser um desafio para um comedor seletivo. Como resultado, as crianças (de todas as idades) podem ter problemas com carne e legumes.
Muffins podem esconder purê de abóbora e batatas podem encobrir couve-flor em um purê. Gradualmente faça a passagem de alimentos escondidos em purê para a sensação maravilhosa de vegetais inteiros e alimentos ricos em outras texturas.
6. Brincar com a comida é divertido!
Crianças assim como a cozinha, devem ser fáceis de limpar. Use roupas práticas que permitam que seus filhos experimentem com alimentos de diferentes maneiras.
7. Pratique "Primeiro Este ... Depois aquele!"
8. Passe para o clube dos "Somente três mordidas".
Uma vez que o comedor seletivo esteja confortável com o seu alimento alvo, então passe para a regra do "Somente três mordidas”. Todos os alimentos servidos à mesa deve incluir um mínimo de três mordidas. Desta forma, o paladar se habitua a uma variedade de alimentos saudáveis.
9. Pratique a pirâmide nutricional para uma nutrição completa.
Ao planejar suas refeições, use o método da pirâmide. Incluia em cada refeição uma porção de proteína, uma de vegetais e uma de grãos ou amido. Lembre-se de não contar batata ou milho como um vegetal, pois eles se encaixam mais com grãos e amidos.
10. Faça do jantar um momento feliz em família.
As refeições em família são muitas vezes comprometidas quando as programações pessoais ficam excessivamente ocupadas. Alimentos tornam-se então apenas uma necessidade para matar a fome, ao invés de proporcionar um momento de carinho e de celebração. Ao criar novos hábitos mais saudáveis na mesa de jantar, devemos proporcionar a certeza de todos sentarem-se e comer juntos.
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