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PALAVRAS DA FONOAUDIÓLOGA E MÃE MARILUCE

Eu não vou mudar meu filho porque é autista; eu prefiro mudar o mundo, e fazer um mundo melhor; pois é mais fácil meu filho entender o mundo, do que o mundo entender meu filho.

ESTOU SEMPRE NA BUSCA DE CONHECIMENTOS PARA AJUDAR MEU FILHO E PACIENTES. NÃO SOU ADEPTA DE NENHUM MÉTODO ESPECÍFICO, POIS PREFIRO ACREDITAR NOS SINAIS QUE CADA CRIANÇA DEMONSTRA. O MAIS IMPORTANTE É DEIXÁ-LOS SEREM CRIANÇAS, ACEITAR E AMAR O JEITO DIFERENTE DE SER DE CADA UM, POIS AFINAL; CADA CASO É UM CASO E PRECISAMOS RESPEITAR ESSAS DIFERENÇAS. COMPARAÇÃO? NÃO FAÇO NENHUMA. ISSO É SOFRIMENTO. MEU FILHO É ÚNICO, ASSIM COMO CADA PACIENTE.
SEMPRE REPASSO PARA OS PAIS - INFORMAÇÕES, ESTRATÉGIAS, ACOMODAÇÕES E PEÇO GENTILMENTE QUE "ESTUDEM" E NÃO FIQUEM SE LUDIBRIANDO COM "ESTÓRIAS" FANTASIOSAS DA INTERNET. PREFIRO VIVER O DIA APÓS DIA COM A CERTEZA DE QUE FAÇO O MELHOR PARA MEU FILHO E PACIENTES E QUE POSSO CONTAR COM OS MELHORES TERAPEUTAS - OS PAIS.

Por Mariluce Caetano Barbosa




COMO DEVO LIDAR COM MEU FILHO AUTISTA?

Comece por você, se reeduque, pois daqui pra frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos. Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pesquisa: experiências das mães que educam filhos com transtorno do espectro autista em casa

Na Austrália, o número de famílias que optam pelo ensino doméstico para seus filhos com necessidades especiais, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem vindo a aumentar nos últimos anos. No entanto, o nosso conhecimento sobre a experiência dos pais que implementam tais programas é limitado. Este estudo qualitativo foi concebido com o objectivo de investigar as perspectivas das mães que educam filhos com transtorno do espectro autista em casa.

Dez mães foram entrevistadas. A análise do conteúdo temático identificou três temas principais: "experiência escolar", "regresso a casa" e "experiência das mãe enquanto educadoras".

As mães dizem que o ensino doméstico leva a melhorias no bem-estar psicológico e no comportamento dos filhos. A experiência do ensino doméstico foi influenciada pela
  • experiência escolar dos filhos,
  • percepção de escolha por parte dos pais na decisão de praticar a educação domiciliar,
  • e nível de apoio social e educativo disponíveis.
Este estudo tem implicações para pais, educadores e profissionais de saúde quanto às necessidades psicológicas e educacionais das crianças com transtorno do espectro autista.

A pesquisa (18 pgs) foi conduzida por Theresa Kidd, Curtin University of Technology, e Elizabeth Kaczmarek, da Edith Cowan University

Theresa Kidd está concluindo seus estudos de pós-graduação em psicologia clínica, trabalha no setor de deficiência há 20 anos, e tem experiência com grupos que praticam o ensino domiciliar. Um dos interesses de Theresa é trabalhar com indivíduos com TEA e suas famílias.
Email: theresa.kidd@postgrad.curtin.edu.au

Dr. Elizabeth Kaczmarek ensina Psicologia na Universidade Edith Cowan. Elizabeth ajuda famílias a lidar com o estresse, incluindo famílias de militares, mineiros, e famílias com crianças com deficiências de desenvolvimento.
Email: e.kaczmarek@ecu.edu.au

Visualizar o estudo aqui.
http://www.iier.org.au/iier20/kidd.pdf

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